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quinta-feira, 31 de maio de 2012
Alimentação de Cães e Gatos
A alimentação do cão é a base para uma saúde de ferro. São muitas as decisões no que diz respeito à escolha de uma ração adequada e vários os factores a considerar. Consulte sempre o veterinário do seu cão, antes de fazer alterações radicais na alimentação do animal.
1 – Escolher a gama da ração
As rações de melhor qualidade têm geralmente uma maior digestibilidade, ou seja, há um maior aproveitamento por parte do cão. Nas rações de qualidade inferior, o cão tem de comer mais para poder obter os mesmos benefícios. As rações de gama alta são geralmente mais caras, mas acabam por durar durante mais tempo, isto porque o cão necessita de doses diárias mais pequenas.
2 – Determinar o número de refeições diárias
Um cachorro necessita de ser alimentado três vezes ao dia. Isto porque o cão passa de uma situação em que tinha acesso ao leite materno a qualquer altura, para uma situação de comida controlada por refeição. A partir dos 4 meses, pode-se reduzir para duas refeições diárias e já em adultos, podem comer apenas uma vez por dia. É preciso contudo algum cuidado nas raças de porte médio/grande nas quais a torção de estômago é comum. Os cães destas raças devem comer duas vezes por dia, se possível, para que o peso da comida do estômago seja menor e diminuir assim o perigo de haver uma torção do estômago.
3 – Evitar os restos de comida
Os restos de comida não devem ser dados ao cão. A ração tem tudo o que o cão necessita. Se preferir, pode cozinhar para o cão, mas isto não é o mesmo que alimentá-lo à base de restos. A comida do cão deve ser cozida sem sal ou temperos. Informe-se primeiro sobre este tipo de dieta, sabendo quais as carnes e ossos mais adequados para o cão e quais as percentagens indicadas.
4 – Escolher a ração de acordo idade
Os cachorros em crescimento necessitam da melhor alimentação que lhes puder dar. Isto quer dizer que até o cão fazer pelo menos um ano, o dono deve fazer um esforço financeiro para comprar uma ração de gama alta. Existem várias opções no mercado especialmente pensadas para cachorros. Uma alimentação equilibrada com tudo o que os cães necessitam vai permitir um crescimento saudável. Este aspecto é particularmente importante nos cães de médio e grande porte que têm no primeiro ano um crescimento muito acelerado e necessitam de formar ossos grandes e fortes em pouco tempo.
5 – Escolher a ração de acordo com o porte do animal
Sem surpresa, a quantidade de comida varia conforme o porte do animal: cães pequenos comem menos do que animais grandes. Mas a quantidade não é a única diferença. Deve escolher a ração de acordo com o porte do cão. No caso dos cachorros, a ração deve dizer respeito ao porte que vão ter em adultos. Já existem várias marcas no mercado com opções diferentes para cães de porte pequeno, médio e grande.
6 – Escolher a ração de acordo com o grau de atividade
O exercício que um cão faz altera as quantidade e o tipo de alimentação que deve ter. Cães que são mais exercitados ou praticam desportos caninos precisam de mais energia, enquanto que nos animais mais caseiros deve-se ter cuidado com o peso a mais. Um cão que pratica desporto pode até precisar de rações de alto rendimento.
Os alimentos comerciais para animais de estimação são divididos de acordo com a segmentação comercial instituída pela própria indústria, não caracterizada ou contida em nenhuma lei do ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Geralmente os alimentos são divididos em: Standart (Popular), Premium e Super Premium, sendo que a diferença entre eles baseia-se na qualidade, tipo de matéria prima, concentração de nutrientes e preço.
Geralmente se dá grande importância à qualidade nutritiva que o marketing da indústria faz de seu alimento, porém informações essenciais e importantíssimas como composição e digestibilidade são limitadas ou nulas no rótulo dos produtos, sendo que esses dois itens são de grande importância para saúde e bem estar do animal.
Abaixo algumas rações Super Premium, Premium ou Standart. O que quer dizer isso:
Super Premium:
São rações balanceadas com composição ideal para os animais. Elas são produzidas com 100% de proteína animal, que tem maior digestibilidade. Quanto melhor a digestibilidade, mais fácil a assimilação. Outra vantagem das super premium é que elas utilizam conservantes naturais, não contém corantes e palatabilizantes.
Premium:
Possui um balanceamento também ideal, entretanto, utiliza uma maior quantidade de proteína vegetal em sua formulação. Com isto, seu custo diminui, o volume ingerido necessário para nutrir o animal aumenta um pouco e consequentemente o tamanho e número das fezes também. Os produtos classificados como Premium contém conservantes, corantes e palatabilizantes.
Standard:
Estas rações também são balanceadas. Entretanto a qualidade da proteína utilizada é inferior. Os animais vivem perfeitamente bem com estas rações, entretanto têm que ingerir um volume grande para adquirir os nutrientes na quantidade necessária. Estas rações geralmente possuem uma grande quantidade de palatabilizantes. Corantes e conservantes também são muito utilizados pelos produtores.
==> Mantenha sempre água fresca à disposição do seu cão.
==> Conservar a ração em local seco e fresco.
==> Visite seu veterinário regularmente
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Peritonite Infecciosa Felina (PIF)
A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença viral imunomediada que, com poucas exceções, é fatal dentro de poucas semanas. A PIF é causada por uma mutação in vitro do coronavirus entérico felino (RNA Vírus), amplamente disseminado e levemente patogênico (TILLEY e NORSWORTHY, 2004). Acomete os gatos domésticos e felinos selvagens como leões e leopardos, geralmente estes com menos de 3 anos e mais de 10 anos de idade.
O agente é sensível a detergentes e desinfetantes comuns e resiste no ambiente por semanas. Pode ser transmitido por via transplacentária ou através do contato direto e contínuo de secreções orais e respiratórias. A eliminação do vírus se dá pela saliva, urina e fezes.
O período natural de incubação (fase esta a qual a doença não se manifesta clinicamente) da PIF é extremamente variável podendo durar dias ou semanas. Inicialmente, os gatos apresentam sinais clínicos inespecíficos e não localizados, como febre, anorexia, inatividade, perda de peso, diarréia e desidratação (SOUZA, 2003). Apesar do nome, as lesões da PIF não se restringem ao peritônio e existem formas com e se derrame da doença (BICHARD e SHERDING, 1998).
Alguns fatores são predisponentes como:
- faixa etária (animais de 6 meses a 2 anos de idade e gatos idosos); - predisposição racial (persa, abssínio, bengal, birmanês, himalaio);
- superpopulação em gatis e abrigos;
- desnutrição;
- doenças infecciosas crônicas e concomitantes como FeLV e FIV;
- o uso de fármacos imunossupressores.
A PIF pode ser efusiva caracterizada por efusões abdominais e/ou pleurais e
não efusiva onde não apresenta efusão (TILLEY e NORSWORTHY, 2004).
Na efusiva a evolução ocorre de 2 a 6 semanas após o aparecimento dos sintomas que incluem:
- febre, apatia e anorexia;
- aumento do volume abdominal (ascite);
- efusão torácica e/ou pericárdica;
- dispnéia, taquipnéia e cianose;
- perda de peso;
- icterícia;
- linfoadenomegalia mesentérica.
- aumento do volume abdominal (ascite);
- efusão torácica e/ou pericárdica;
- dispnéia, taquipnéia e cianose;
- perda de peso;
- icterícia;
- linfoadenomegalia mesentérica.
Na forma não efusiva (seca) a evolução da doença é lenta e os sintomas são:
- febre, apatia e anorexia; - perda de peso;
- uveíte;
- icterícia;
- linfoadenomegalia;
- alterações no sistema nervoso central (SNC).
O Diagnóstico baseia-se nos sintomas, histórico e nos achados clínicos e laboratoriais. O diagnóstico definitivo só pode ser feita através da análise histopatológica e/ou imunohistoquímica de tecido do animal acometido. Outros exames que auxiliam no diagnóstico: Bioquímica de proteínas totais, Ultrassonografia abdominal, RX de tórax, Análise Citológica de Efusão Peritoneal ou Torácica, ELISA etc.
Uma vez constatada a doença, a expectativa de vida é de no máximo dois anos (nas formas mais suaves da doença), mas geralmente é rápida e fatal, mesmo com tratamento de apoio (NEVES, 2003). O tratamento de gatos com PIF ocular podem responder a antiinflamatórios (drogas imunossupressoras como prednisolona e ciclofosfamida) e à corticosteróides (injeção sub-conjuntival pode ajudar no caso de envolvimento ocular). A PIF pode se caracterizar pela presença de uveíte necrotizante, piogranulomas, ao redor dos vasos que irrigam o olho, edema de córnea (ocorre em alguns gatos juntamente com uma leve cintilação do humor aquoso), descolamento de retina e hemorragias (MANSUR, 2003).
Para melhorar a qualidade de vida: fluidoterapia parenteral, suporte nutricional, transfusão sanguínea e antibióticos (NELSON e COUTO, 2001). A prevenção seria através da vacina intranasal (16 semanas de idade) porém, esta está disponível somente nos E.U.A., e para o controle em criações é recomendado manter os soropositivos isolados (TILLEY e NORSWORTHY, 2004).
O prognóstico é grave, não existindo tratamento para a peritonite infecciosa felina.
Fontes: Provet e UTP.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
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