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quarta-feira, 7 de abril de 2010
Esporotricose
A esporotricose é uma micose subcutânea, zoonótica, causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que acomete uma grande variedade de animais, podendo apresenta-se nas formas cutânea (localizada, disseminada ou linfocutânea) ou sistêmica. A transmissão da doença ocorre pela inoculação direta do agente por espinhos de plantas, felpas e arranhões, o que garante ao felino um papel importante na epidemiologia desta micose. A infecção pode ocorrer tanto através da forma filamentosa ou leveduriforme do S. schenckii.
Os sintomas da doença são: lesões localizadas na cabeça, mãos, patas e caudas. Na sua fase inicial a doença pode ser confundida com feridas comuns causadas por brigas entre gatos. Entretanto essas feridas ou caroços se transformam em úlceras com pus e crosta. No agravamento da doença o animal pode apresentar um quadro de falta de apetite, aumento da temperatura do corpo (febre), prostração e a disseminação das feridas em outras partes do corpo.
Para se tratar um felino com esporotricose deve-se seguir atentamente as orientações dos veterinários. Atualmente existem, no mercado, medicamentos a base de itraconazol que têm apresentado bons resultados. A medicação deve ser utilizada até a total cicatrização das feridas para evitar uma recidiva.
Vários autores têm relacionado micoses em felinos com enfermidades que causem imunodepressão, como no caso de Leucemia Viral Felina (FeLV) e/ou Vírus da Imunodeficência Felina (FIV), as quais comprometem o sistema imunológico tornando os felinos mais suscetíveis a microrganismos patogênicos e oportunistas. A FeLV e a FIV são causadas por Retrovirus, que produzem doença de evolução crônica, sendo os vírus eliminados nas secreções e excreções, como a saliva e a urina.
Outros procedimentos que devem ser aplicados são:
Þ desinfecção no local onde o felino permanece com hipoclorito de sódio. A dosagem deve ser feita pelo veterinário;
Þ separar o animal doente dos outros;
Þ atenção do profissional ou do dono do gato para a assepsia correta após o contato com o animal;
Þ cremação do animal em caso de falecimento devido à doença e,
Þ a castração dos gatos machos que, por circularem pela rua, são mais propensos a brigas que podem causar feridas e acidentalmente abrigar o fungo.
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Sempre é bom ciente destas informações, porque se um animalzinho de estimação estiver com sintomas parecidos, já estamos sabendo como reagir diante do problema.
ResponderExcluirVerdade José... os casos de esporotricose, principalmente onde atuo (Rio de Janeiro) vem aumentando significativamente. Uma vez tendo surgido a suspeita, o ideal é manipular o menos possível o animal e desde então procurar um médico veterinário! Obrigado pelo seu post.
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