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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Castração em Cães e Gatos
A castração é um procedimento cirúrgico, realizado em cães e gatos (tanto fêmeas quanto machos) que consiste na remoção permanente dos órgãos responsáveis pela reprodução.
Nas fêmeas são removido útero e ovários e nos machos os testículos.
Alguns proprietários ainda relutam em realizar tal cirurgia, independente dos motivos. Porém, nos dias de hoje sabemos que esse procedimento só tem a trazer benefícios para seu pet.
Se você não pretende colocar sua cadelinha ou gatinha para reprodução, comece a pensar em castrá-la!
Algumas vantagens sobre a castração:
• Previne problemas relacionados com o cio, como sangramentos excessivos, corrimentos vaginais, micção repetida, atração de machos que deixam a fêmea excitada.
• Reduz o superpopulação canina e felina nas ruas.
• Previne piometra (infecção uterina, muito comum nas fêmeas)
• Previne gestações não planejadas.
• Previne tumores de mama nas fêmeas (fêmeas castradas antes do primeiro cio raramente desenvolvem neoplasia mamária) e de próstata nos machos.
• Previne a falsa gestação (Gravidez psicológica)
• Diminui o risco de fugas dos animais, o que pode ocasionar acidentes e brigas.
• Diminui o hábito dos machos de urinar nos móveis para delimitar território.
Mitos sobre castração:
• OBESIDADE: Castração não engorda! O que ocorre é que animais castrados tendem a fazer menos exercício físico e a ingerir mais alimentos, o que deve ser feito então, é proporcionar mais atividades pro seu animal e controlas alimentação.
• DEIXAR A FÊMEA TER PELO MENOS UMA CRIA: Isso não irá acrescentar nada à saúde da fêmea, e como já citei anteriormente, quanto antes for realizada a cirurgia, menor a probabilidade de desenvolvimento de tumores mamários.
• EXISTE SOFRIMENTO DO ANIMAL: Não. A cirurgia é realizada com anestesia, é um procedimento relativamente rápido e simples e são administrados medicamentos para controlar a dor no pós operatório.
• O MACHO PERDE O INTERESSE PELA FÊMEA: Machos castrados tendem a demonstrar menos interesse por fêmeas, principalmente se castrados antes da puberdade, porém se ele entrar em contato com uma fêmea no cio pode até mesmo chegar a cruzar com ela, se que ocorra fecundação.
• CASTRAÇÃO É UMA MUTILAÇÃO: Muito pelo contrário, hoje em dia as técnicas operatórias são muito delicadas e só trazem benefícios aos animais.
Publicado no Jornal Ribeirão Preto Online
Coluna da Dra. Ana Carolina Vital
Clamidiose Felina
A Clamidiose Felina Também conhecida como Pneumonite Felina é uma doença respiratória, de manifestação crônica. Ocorre em todo o mundo e afeta cerca de 5% a 10% da população. Foi isolado o agente causal em gatos pela primeira vez em 1942. É especialmente comum em filhotes (2 a 6 meses de idade) e em locais com alta densidade de gatos (casa, criatórios e lojas). Os Surtos ocorrem com freqüência em locais onde a higiene é precária e pouco ventilado. Além disso esses surtos podem ocorrer em situações de stress, como a introdução de um novo animal na casa, cio, falta de comida ou até mesmo competição.
ETIOLOGIA
A pneumonite felina é causada por Chlamydophila felis (Chlamydia psittaci), um microrganismo intracelular. Este se reproduz nas células do trato respiratório causando irritação e sintomas brandos. Multiplica-se também na mucosa gástrica e também no trato reprodutivo, mas não há sintomas relatados.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
A Chlamydia sp se dissemina através de secreções dos animais acometidos onde se multiplica no citoplasma das células do epitélio conjuntivo, causando a sua ruptura e liberando organismos que irão infectar outras células epiteliais. O período de incubação pode chegar a 10 dias. É sintomática apenas para o trato respiratório e olhos. No início apresenta-se somente uma leve descarga ocular serosa e blefaroespasmo, evoluindo para uma descarga ocular purulenta bilateral, corrimento nasal também purulento e espirros ocasionais. A hipertermia pode estar presente durante vários dias no estágio inicial. A Chlamydia sp já foi relatada em mucosa gástrica e trato genital, mas o significado clínico permanece desconhecido. Apesar de incomum é possível a transmissão à humanos (zoonose),
causando nestes a conjuntivite.
DIAGNÓSTICO:
- Sorologia - Clamidiose Felina por ELISA.
- Hemograma.
- Devido à dificuldade da coleta e raridade da amostra, geralmente se recomenda check up (ex.
perfil renal) geral do animal.
TRATAMENTO
Geralmente o tratamento é simples e eficaz, tendo como base a antibioticoterapia (por
exemplo: tetraciclina, quinolonas). Um dos medicamentos mais utilizados atualmente é a Doxiciclina. Em casos mais graves, um período prolongado pode ser necessário (até 6 semanas). Uso de antibióticos tópicos (colírios) e limpeza de focinho e olhos. No caso de vários gatos no mesmo local, é recomendável o tratamento de TODOS portadores) e separação dos sintomáticos. Reforçar a limpeza do ambiente e objetos, e ainda minimizar o stress. Medicação de suporte em casos necessários.
PREVENÇÃO
Existem vacinas disponíveis, geralmente vacinas vivas (cepas atenuadas) e associadas a outros agentes de doenças de felinos (quádruplas ou quíntuplas). Gatos que vivem em grupos ou que tem acesso à rua devem ser vacinados. A vacinação não previne a infecção, mas sim a severidade e ocorrência de sinais severos.
Não podemos deixar de ressaltar a importância também do manejo adequado dos animais recém chegados a um ambientes onde já existem outros animais, além das condições de higiene destes locais.
PROGNÓSTICO
BOM, a doença se devidamente diagnosticada e tratada através da antibioticoterapia,
apresenta bons resultados.
QUERO APROVEITAR O ESPAÇO PARA AGRADECER ALGUMAS PESSOAS POR CONTRIBUIREM COM INFORMAÇÕES DE COMO DEVEMOS PROCEDER COM NOSSOS ANIMAIS, SEJA NOS CUIDADOS COM OS MESMOS OU ATÉ MESMO NO CONVÍVIO. ACHO QUE INFORMAÇÃO É PARA SER TROCADA. NÃO CUSTA NADA INFORMAR AQUELES QUE DESCONHECEM ALGUNS ASSUNTOS. INFELIZMENTE COLEGAS DE PROFISSÃO NÃO PENSAM ASSIM. MAS ESTES SÃO MINORIAS, COM CERTEZA! OBRIGADO A TODOS PELA ATENÇÃO...
Guia de Primeiros Socorros para Cães e Gatos
Texto Publicado também no Site http://aquisoentramgatos.blogspot.com
Você sabe avaliar quando seu cão está com febre? Qual o batimento cardíaco normal de um gato? Quem tem um animal de estimação em casa precisa estar atento ao seu comportamento. Falta de apetite e apatia, por exemplo, podem esconder diversas doenças. Isso sem falar nos acidentes e imprevistos tão comuns na vida dos pets.
Para ajudar os donos na hora de uma emergência e evitar o tempo perdido com medos e indecisões – que podem até ser fatais para os animais – a americana especializada em medicina de emergência Amy D. Shojai, que já publicou 12 livros sobre animais de estimação, escreveu Primeiros Socorros para Cães e Datos (Gutenberg Editora, R$ 49,90, 432 páginas), que acaba de ganhar uma versão em português.
No livro, a autora mostra técnicas de imobilização e de ressuscitação cardiopulmonar, dá dicas de quais e em que quantidades os remédios para humanos podem ser usados nos animais e ensina como avaliar os principais sinais vitais de cães e gatos (confira quadro no final desta reportagem).
O guia ainda lista um kit de primeiros socorros que a pessoa deve ter em casa. Entre os materiais sugeridos pelo livro, estão tesouras sem pontas (para curativos), focinheira, termômetro clínico, tosquiador elétrico (para aparar pelos em volta de feridas), plástico bolha (para tala de imobilização) e soro fisiológico (para limpar feridas).
A veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Adriana da Costa Val, que participou da revisão de conteúdo para a versão em português da publicação, afirma que o livro deve ser visto como um meio de orientação para os donos, mas não deve substituir a avaliação e os cuidados de um profissional.
Adriana diz que alguns procedimentos que estão no guia podem ser ensinados no consultório e repetidos em casa pelo dono do animal, como a limpeza das orelhas e a medição da temperatura, por exemplo. Mas é preciso cuidado. “A temperatura é medida através do reto, o que pode causar incômodo ao animal se não for feito corretamente”, alerta Adriana.
De acordo com a veterinária, as regras básicas para a boa saúde de seu bicho de estimação são oferecer água fresca e comida de boa qualidade, não deixar objetos perigosos ao alcance deles (canetas, remédios, produtos de limpeza) e analisar se o ambiente onde ele costuma ficar é realmente seguro. O check-up de saúde deve ser feito a cada seis meses e as principais vacinas devem ser atualizadas uma vez por ano.
Publicado Originalmente por: Revista Época
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Recomendo!!!
Problemas (reações) causados pela Quíntupla Felina
Panleucopenia
Os sintomas da doença estão relacionados com o sistema digestivo: vômito, perda de apetite e diarréia com ou sem sangue. A transmissão ocorre por contato direto do animal com as fezes e urina de animais infectados no ambiente.
Rinotraqueíte
Vacina contra Herpesvírus, microorganismo que tem preferência pelas mucosas nasais, traquéia e conjuntiva, caracterizando os sintomas respiratórios.
Como o Herpesvírus não é eliminado do organismo do animal após o contato, o gato não vacinado será portador definitivo do vírus. Isto quer dizer, que se o animal passar por um período de estresse ou queda de resistência, o Herpesvírus poderá se manifestar, causando os sintomas respiratórios característicos: secreção ocular, nasal, tosse e pneumonia.
Calicivirose
Vacina contra o Calicivírus que também é responsável por problemas respiratórios nos gatos contaminados, além de provocar ferimentos na boca. Este vírus é muito resistente no ambiente.
Clamidiose
É uma zoonose (doença transmissível ao ser humano) responsável por conjuntivite e sintomas respiratórios suaves nos gatos.
É uma doença caracterizada por uma conjuntivite crônica e rinite moderada. Os sintomas precoces da doença são congestão ocular, aumento de lacrimejamento (ambos são unilaterais inicialmente e evoluem para bilaterais com o agravamento do processo infeccioso). Febre, rinite e espirros são observados comumente. O curso da doença é de 2-6 semanas em gatos adultos, mas a doença raramente é fatal.
A Rinotraqueíte, Calicivirose e Clamidiose, em geral, se apresentam associadas.
Leucemia Felina
É causada por um vírus responsável pelo aparecimento de tumores e queda de resistência do sistema de defesa do organismo, tornando-os sujeitos a doenças oportunistas. A doença ocorre em animais de vida livre ou que tenham contato com gatos vadios. A transmissão da doença se faz através do contato direto com a saliva por períodos constantes e prolongados. A vida média de um animal doente é de 2 a 3 anos após a infecção. Gatos fracos ou que constantemente apresentam problemas de saúde são considerados suspeitos para Leucemia Felina. O diagnóstico é feito pelo teste ELISA. Não existe cura, apenas a prevenção por vacina. A Leucemia Felina é atualmente a doença que mais mata gatos que vivem em Gatís e Associações.
Antes de vacinar com a Vacina Quíntupla Felina, é preciso levar em consideração os seguintes riscos com relação à vacina contra Leucemia Felina:
Reações à vacina para leucemia são: Fibrossarcoma, Choque Anafilático e Imunossupressão por um curto período de tempo.
O Fibrossarcoma ocorre no local onde o gato tomou várias vacinas contra Leucemia.
É um câncer extremamente agressivo e fatal, que se dissemina com facilidade por todo o organismo.
Devido aos riscos da vacina e pelo contágio da Leucemia se dar por contato direto entre os gatos (o vírus não é transmitido via ar), gatos que SÓ ficam DENTRO de casa não têm necessidade de vacinar contra Leucemia, desde que NÃO tenham contato direto com gatos que frequentam a rua, ou mesmo quando for ao vet. Além de outras razões práticas, o uso de transporte para ir ao Vet também é importante por causa disso. ele não deixa que o gato tenha contato direto com outro.
-Se o gato SÓ fica dentro de casa e NÃO tem contato com outros NÃO precisa vacinar.
-Se sai de vez em quando e existe a possibilidade de um contato direto com outros, deve vacinar só a cada 3 ANOS.
-Vacina anual só pra gatos que saem MUITO! E o local da vacina deve ser estudado, para que, caso ocorra o fibrossarcoma mais tarde, uma grande parte de tecido possa ser tirada para tentar evitar que o cancer se dissemine. Muitas vezes isso não pode ser feito devido ao local.
Esses riscos devem ser levados em conta pelo Veterinário e pelo proprietário do gato na hora de vacinar.
domingo, 26 de setembro de 2010
Onde estaria o problema???
Muitos proprietários chegam até os consultórios onde trabalho achando que a vacina contra raiva, tanto a canina quanto a felina, é apenas a vacina necessária para seus animais!!! Isso não é verdade. Como já publicado aqui neste Blog, existem diversas doenças que podem acometer cães e gatos e que podem ser previnidas através de vacinas. As mais conhecidas são a Cinomose, Parvovirose, Leptospirose e Tosse dos canis. Outro fator muito importante é a eficácia destas vacinas usadas em campanhas. Cabe resaltar que a vacina contra raiva usada em nosso país conta com o vírus inativado, ou seja, ele está vivo, mas não causa a doença. Fato este fazer com que a refrigeração destas vacinas sejam indispensáveis. Vivemos em um país tropical, onde o verão é predominante de temperaturas bastante elevadas... daí surge o primeiro questionamento: será que por volta de umas 16 horas, cuja temperatura está por volta de uns 35ºC aqui no Rio de Janeiro em dias de verão, essas vacinas estarão bem conservadas em isopores com gelos??? Outro fato a ser questionado: quem são os "profissionais" que aplicam estas vacinas? Eles estão aptos??? Bom, se pararmos para analisar as campanhas de vacinações contra raiva em nosso país, iríamos questionar não somente estes dois fatos que citei e sim muitos outros!!!
E nesse ano de 2010, meios de comunicações, como rádio e televisão, andaram publicando que alguns animais obtiveram reações após serem vacinados em campanhas. Fato este comprovado por uma amiga também veterinária em sua cidade. A campanha de vacinação ocorreu ontem em sua cidade (26/09/2010). E hoje (27/09/2010), mais da metade dos seus atendimentos foram referentes a animais vacinados ontem. Alguns destes animais chegaram ao consultório com febre, vomitando e com outros tipos de reações. O que teria acontecido de errado??? Tudo bem que um ou alguns animais, não muitos, expressarem reações a vacinas é normal. Mas agora muitos animais... Onde estaria o problema???
Bom, caros amigos, o intuito de publicar este texto aqui em meu blog foi de pedir encarecidamente a todos que amam e cuidam muito bem dos seus animais, que VACINEM SEUS ANIMAIS EM VETERINÁRIOS... Nós, profissionais aptos a vacinar e consultar clinicamente seus animais, assim como executar diversos procedimentos com os mesmos, estudamos 5 anos de nossa vida. Acho que nós, somente nós, estamos mais capacitados para cuidar dos seus animais!!!
Abaixo seguem alguns sites onde constam alguns dos assuntos citados aqui nesse texto por mim. Muito obrigado a todos por fazerem do meu blog, um instrumento de conhecimentos. Gostaria de pedí-los também que comentem, expressem vossas opiniões. Suas opiniões serão muito bem-vindas!!!
* http://www.pasteur.saude.sp.gov.br/extras/manual_03.pdf
* http://www.focoregional.com.br/page/plantaodtl.asp?t=VR+VACINA+C%C3ES+E+GATOS+CONTRA+RAIVA+NESTE+S%C1BADO+&id=21799
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 12º Post: Sheepdog
O Old English Sheepdog, também conhecido como Bobtail, é um cão desenvolvido na Grã-Bretanha de origem muito incerta, talvez descendente de um antigo e peludo cão russo, o Owtchar, talvez trazido por navios provenientes da região do Mar Báltico, talvez seja relacionado com o Briard.
É um cão musculoso e corpulento. Seu corpo é totalmente recoberto por uma pelagem abundante, que deve ser muito bem escovada periodicamente para evitar eczemas. A pelagem pode ser de todos os tons de cinza, malhado, azul, com ou sem manchas brancas. Sua altura deve ser superior a 56 cm, no caso da fêmea, e a 61 cm, no caso do macho, e pesar cerca de 30 – 45 kg, respectivamente. O crânio é amplo e de forma quadrada, e seus olhos devem ser escuros, mas ha cachorros que nascem com olhos mistos(um olho azul e outro castanho).
A cauda, antigamente amputada nos 3 dias seguintes ao nascimentó, é, hoje em dia, deixada natural na grande maioria dos países.
Inteligente, dócil, agitado, obediente e fácil de ser adestrado. Apto ao convívio com crianças, com as quais se mostra um grande amigo.
Ótimo cão pastor, com um tamanho que intimida qualquer possível predador do rebanho. Também foi usado como cão de guarda, de trenó, de transporte e de companhia
Curiosidades: No Reino Unido e na Austrália é conhecido como Dulux, porque foi usado em propagandas de uma companhia de tintas chamada Dulux. Algo semelhante acontece com os Dachshunds que também são conhecidos como Cofap.
Um dos mais conhecidos Sheepdogs no Brasil é a Priscila, a personagem principal da TV Colosso.
A música Martha My Dear, gravada pelos Beatles no famoso Álbum Branco, era o nome de uma cadela Sheepdog pertencente à Paul McCartney.
Alergias Alimentares em Cães
Este texto pode ser encontrado originalmente no site http://arcadenoe.sapo.pt
Não é uma das alergias mais comuns, mas afeta de igual modo os animais que as têm. Incomodam e são persistentes e não são fáceis de diagnosticar. Os cães com alergias alimentares devem ser sujeitos a uma dieta especial para o resto da vida.
Alergias alimentares não são tão frequentes como a alergias à picada de mosquito ou alergias atópicas. Estima-se que correspondam a menos de 10% das alergias habitualmente observadas em cães.
A alergia alimentar não é uma doença que se apanhe através da comida que o cão ingere. É antes uma resposta do sistema imunitário do cão face a um determinado alimento. Trata-se de uma resposta desajustada do organismo daquele cão que não afecta outros cães com quem partilhe a alimentação ou a casa.
Como pouco ainda se sabe sobre como controlar estas respostas exacerbadas do sistema imunitário, a solução para um cão com alergias alimentares passa por alterar a sua dieta.
Quais são os alérgenos mais comuns???
Os ingredientes que mais provocam alergia nos cães são: a proteína animal, especialmente galinha e carne bovina, o milho, o trigo, os ovos, os derivados do leite e a soja, segundo vários estudos feitos nesta área.
Ao contrário do que muito já se disse sobre os conservantes e os aditivos das rações, estes não têm qualquer papel nas alergias alimentares, embora possam ser responsáveis por outros problemas.
Por se associar erradamente os aditivos e conservantes das rações às alergias alimentares, muitos vezes troca-se a ração por comida caseira. Contudo, esta troca na maioria dos casos não surte efeito. Por um lado, porque, como foi dito antes, não são os aditivos e os conservantes os causadores da alergia. Por outro lado, porque o alérgeno mais comum é a proteína da carne de vaca ou galinha, que são as carnes mais frequentemente preparadas para os cães.
Grupos de risco.
Ao contrário das alergias atópicas, as alergias alimentares não têm grupos de risco e afectam de igual modo os machos e as fêmeas e todas as raças caninas. Contudo, os animais com alergias atópicas geralmente manifestam também alergias alimentares e por isso convém fazer o teste às várias alergias possíveis assim que se descobre que um animal tem um tipo de alergia.
Este tipo de alergia tende a manifestar-se no primeiro ano de vida do cão ou até aos 5/6 anos, mas os primeiros sintomas podem surgir já tarde, quando o cão já é idoso.
Sintomas.
As alergias manifestam-se de forma diferente nos cães e os sintomas de alergias são geralmente comuns aos vários alérgenos. Um cão com alergia geralmente apresenta comichões, infecções nas orelhas e na pele e perda de pêlo. Mas nenhum destes sintomas aponta para um determinado tipo de alergia ou ainda mais especificamente, para um determinado alérgeno.
Para complicar o diagnóstico, estes sintomas não são exclusivos de alergias e podem ser manifestações de outros problemas.
Diagnóstico
Para que haja certeza de que o animal tem alergias alimentares é necessário alterar a dieta e verificar se há diferenças. Durante 8 a 10 semanas, é dada ao cão uma nova dieta com fontes de proteína e hidratos de carbono alternativas. É necessário que o cão nunca tenha comido esse tipo de alimentos e por vezes recorre-se a carne de coelho, peixe ou até de animais mais exóticos, como por exemplo o canguro, mas o veterinário é a pessoa indicada para poder aconselhar alternativas.
O período relativamente extenso durante o qual se deve adoptar a nova dieta justifica-se pelo facto de o corpo do animal necessitar de em média 20 dias para exteriorizar a sua reacção à nova dieta. Isto quer dizer que nas primeiras semanas é normal não haver melhorias significativas e por isso é necessário estender o período de testes a dois meses.
Podem ser feitas também análises sanguíneas, mas o seu resultado não é conclusivo como nos humanos e a única forma de garantir que se trata efectivamente de uma alergia alimentar é alterando a dieta do cão.
Tratamento.
As alergias são respostas do sistema imunitário a um determinado alérgeno e, podendo variar ao longo da vida, na maioria dos casos, é uma resposta que surge sempre que o cão é exposto a esse alérgeno.
Assim, se o cão não mostrar sinais de alergia ao fim de 8/10 semanas, pode-se concluir que o cão efectivamente tem uma alergia alimentar. O cão deve passar a ter uma dieta hipoalergénica, seja continuando com o regime alimentar do teste ou passando para rações deste tipo existentes no mercado.
Se o cão continua a manifestar sintomas de alergia e durante o período de testes não tiver ingerido nada para além da dieta de teste e água, então é provável que o cão tenha uma alergia atópica ou qualquer outra patologia com os mesmos sintomas.
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