Cinomose

A cinomose é uma doença altamente contagiosa provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Virus) ou Vírus da Cinomose Canina (VCC), da família PARAMYXOVIRIDAE, que atinge animais da família canidae, mustelidae, mephitidae e procyonidae, principalmente os cães jovens, mas animais idosos também podem se contaminar se não forem vacinados. Ela degenera os envoltórios lipídicos que envolvem os axônios dos neurônios, conhecidos como baínha de mielina e juntamente com essa doença, aparecem infecções causadas por bactérias. O vírus da cinomose pode sobreviver por muito tempo em ambiente seco e frio, mas é muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns. Os sinais clínicos, duração e gravidade da doença irão depender de alguns fatores tais como: imunidade do animal, virulência da cepa, órgãos afetados pelo vírus entre outros. Os sinais clínicos podem ou não seguir uma cronologia. A transmissão da cinomose acontece por contato direto (via digestiva) através de fômites ou pelas vias respiratórias, geralmente por secreções do nariz e boca de animais infectados (espirros e gotículas que saem do nariz quando se respira). Após o animal ser infectado pelo vírus da cinomose, ocorre o período de incubação do vírus (digamos que seja o período que ocorre entre o vírus entrar no corpo e o corpo começar a manifestar os sintomas da doença) que pode variar de 3 a 6 dias , podendo chegar até 15 dias. Depois desse período, o animal pode apresentar febre com temperaturas de até 41ºC, perda de apetite, corrimento ocular e nasal por maios ou menos 1 a 2 dias. Começam a surgir então os sinais e sintomas típicos da cinomose, dependendo da resposta imunitária do animal. Pode haver sintomas digestivos (diarréia e vômito), respiratórios (corrimento nasal e ocular) ou nervosos ( tiques nervosos, convulsões, paralisias, etc) ou haver associação deles, mas o animal pode vir a óbito mesmo tendo desenvolvido apenas uma das fases da doença ou sobreviver desenvolvendo todas, vai depender da resposta imunológica do mesmo. O tecido interno dos pulmões quando se inflama sob ação do vírus, determina a ocorrência da pneumonia, o mesmo ocorrendo com o revestimento mucoso do estômago e do intestino, causando gastrite e enterite. Ocorrendo inflamação das meninges,o animal apresentará meningite virótica, apresentando assim sinais clínicos nervosos.
Ressaltando então, a cinomose é uma doença que apresenta diferentes formas clínicas, sendo elas: PULMONAR, NERVOSA, DIGESTIVA, CUTÂNEA.
Além da sintomatologia clínica e do histórico do animal, achados de exames laboratoriais confirmam o diagnóstico da doença. A Histopatologia é uma aliada de peso na confirmação do diagnóstico.
O Tratamento varia bastante. O soro hiperimune é bastante empregado, além de antibióticos de amplo espectro no caombate às infecções secundárias. O tratamento sintomático também é muito importante no combate a por exemplo da gastrite, enterite, conjuntivite causada pela doença.
A prevenção se dá pela vacinação dos filhotes após 15 dias do desmame, por volta do 45º dia de nascido. A fêmea deve ser imunizada antes da cobertura, para que esta passe imunidade aos filhotes recém-nascidos pelo colostro e leite. Após a 1ª dose aos 45 dias, mais 2 doses completarão o quadro vacinal do animal contra a cinomose e outras doenças em um intervalo de 30 dias para cada aplicação, sendo necessário um reforço anual da vacinação.
Para aqueles animais que conseguem responder bem ao vírus e sobrevivem, alguns tratamentos alternativos, como a acupuntura e homeopatia, vêm sendo bastante satisfatórios.
A cinomose é uma doença de difícil tratamento e a evolução da doença é imprevisível. A melhor solução ainda é a prevenção, ou seja, vacinar corretamente.