Aqui você encontrará Dicas, informações e curiosidades sobre medicina veterinária! Aqui é o seu canal de troca de idéias sobre assuntos. Espero contar com a colaboração dos interessados sobre os assuntos! Dúvidas, opiniões e críticas serão sempre bem-vindos!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
CUIDADOS PARA TOMAR COM SEU ANIMAL NA VIRADA 2010/2011
Os animais se assustam muito com o barulho de fogos e rojões pois sua audição é muito mais sensível que a nossa.
PODEM OCORRER
- FUGAS - correm sem destino e ficam perdidos; podem ser atropelados e/ou provocar acidentes.
- ACIDENTES - enforcam-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir; atiram-se de janelas; batem a cabeça contra paredes ou grades.
- GRAVES FERIMENTOS - quando tentam saltar muros e portões.
- TRAUMAS - mudanças de comportamento – tornam-se agressivos ou passam a se assustar à toa.
- CONVULSÕES: alguns cães têm ou passam a ter ataques epileptiformes.
* Nos animais da fauna silvestre pode ocorrer alteração do ciclo reprodutor e morte.
Para evitar esses acidentes, devemos tomar os seguintes cuidados:
CUIDADOS COM CÃES
1- Coloque algodão nos ouvidos - para diminuir a sensibilidade auditiva.
2- Acomode os cães dentro de casa em lugar onde possam se sentir em segurança.
3- Feche portas e janelas para evitar fugas e acidentes.
4- Ligue o rádio e a TV e aumente o volume próximo ao momento dos fogos.
5- Dê alimentos leves - distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar.
6- Não deixe o cão acorrentado pois pode se enforcar em função do pânico.
7- Não deixe muitos cães juntos porque podem brigar.
(Se brigarem, não grite! Faça um barulho forte batendo tampas de panela para mudar o foco da atenção dos cães.)
Caso não possa colocar os cães dentro de casa, procure um veterinário para sedá-los.
CUIDADO COM GATOS
- mantenha-os dentro de casa e sem acesso à rua.
I M P O R T A N T E !
COLOQUE UMA PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO NA COLEIRA DO SEU COMPANHEIRO CANINO, COM OS SEUS TELEFONES GRAVADOS NELA.
FELIZ 2011!!!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL E UM EXCELENTE ANO DE 2011 A TODOS!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O que é gravidez psicológica?
Uma excelente explicação através de um vídeo publicado no portal www.r7.com.br
Quem explica tudinho é a consultora de comportamento da Cão Cidadão, Priscila Felberg. Ela explica o que é gravidez psicológica nos cães e também dá dicas para os donos identificarem este problema e como agir nesta situação.
Não deixem de conferir no link abaixo:
http://noticias.r7.com/blogs/dr-pet/2010/09/22/o-que-e-gravidez-psicologica/
Quem explica tudinho é a consultora de comportamento da Cão Cidadão, Priscila Felberg. Ela explica o que é gravidez psicológica nos cães e também dá dicas para os donos identificarem este problema e como agir nesta situação.
Não deixem de conferir no link abaixo:
http://noticias.r7.com/blogs/dr-pet/2010/09/22/o-que-e-gravidez-psicologica/
Filhotes em casa: como ensinar o novo membro da família
Texto extraído do portal www.r7.com.br
A chegada de um filhotinho em casa é um momento de grande alegria. Mas é importante lembrar que esse novo morador necessita de cuidados e certamente mudará a rotina de toda família.
Por isso, antes de adotar ou comprar um animal de estimação, esteja certo da sua escolha e, se tiver dúvidas, consulte seu veterinário ou um adestrador para orientá-lo.
A partir de 50 dias de vida, os cães já podem ser adestrados e, embora os animais aprendam em qualquer idade, iniciar um treinamento o quanto antes, proporciona uma convivência mais harmoniosa, evitando futuros problemas de comportamento, já que logo cedo, seu animalzinho já saberá o que você espera dele, evitando certas manias indesejadas.
Aprenda, com o método de Adestramento Inteligente, algumas dicas para educar o mais novo integrante da casa.
1- Se acostumando ao novo lar - Nos primeiros dias na nova casa, é normal que o cãozinho estranhe o ambiente. Ele chora porque sente falta da mãe e dos irmãos. Uma toalha ou um paninho com o cheiro da mãe e dos irmãos pode ajudar nessa adaptação. Manter um som baixo e constante vai fazer o cão se lembrar da respiração materna e ajuda a acalmá-lo. Um simples relógio que faça tique-taque pode ajudar, inclusive à noite.
2- Para conter a vontade de morder – É mais do que normal um filhotinho querer roer tudo que apareça em sua frente. Para conter esse “instinto destrutivo” do seu cãozinho e evitar que ele estrague objetos indesejados, ofereça brinquedos próprios para ele morder. Uma dica bacana é colocar os brinquedinhos no congelador e depois dar ao filhote. Isso alivia a coceira causada pela troca de dentição que o faz roer tantas coisas.
3- Uma boa noite de sono para todos - À noite, geralmente ele se sente ainda mais sozinho, quando todos estão dormindo. Por isso, ao contrário do que muitos imaginam, sempre que possível, é importante permitir que o filhote durma com você até que ele adquira confiança e perceba que a mãe não vai voltar. Além de dar uma caminha confortável, com o cheiro da antiga família, cansar o filhote com brincadeiras antes de dormir vai fazer com que ele pegue no sono mais rapidamente. Mas, se mesmo depois de tudo isso, o cãozinho insistir em chorar, não vá até onde ele está. Se você for ver o cão toda vez que ele chorar, ele aprende que resmungar é uma ótima estratégia para ser atendido, e vai fazer isso sempre. O ideal é ter certeza de que o cão está bem antes de dormir e depois ignorar seus chamados.
4- Xixi no lugar certo! – Mostrar logo no início onde é o “banheiro” do seu filhote, é a melhor maneira de ensiná-lo a fazer suas necessidades sempre no lugar certo. Como? Se puder restringir a área que seu cãozinho vai ficar, isso ajuda a ensiná-lo. Coloque no espaço dele jornais ou um tapete higiênico, em um lado oposto à sua cama e comida, pois os cães tendem a fazer suas necessidades longe do local onde dormem e se alimentam. Para aumentar as chances de acerto coloque esses jornais ou tapetes na maior área possível e vá diminuindo gradativamente. Nem pense em dar bronca caso erre o local, porque ele pode entender que o errado é fazer xixi e cocô. Vale lembrar que, assim como um bebê, os filhotes não conseguem segurar a vontade até chegar ao "banheiro”.
5- Recompensar e punir de forma correta – Dar aquelas “palmadinhas” no seu cãozinho não é a melhor forma de ensiná-lo. Caso estrague algo, por exemplo, repreenda o bicho com sustos, mas só se for pego no ato. Chacolhar uma lata com moedas pode ajudar. mas é imprescindível que seja somente no EXATO momento do ator indevido. Se der a bronca depois, o animal não irá associar ao que fez de rrado e só ficará confuso. E não se esqueça também das recompensas! Quando seu cão fizer xixi e cocô no lugar certo, por exemplo, agrade-o com um carinho, elogio ou um pedaço de um petisco bem gostoso. O reforço positivo ensina a filhotes, e a cães adultos também, que o bom comportamento traz ótimas recompensas.
Com essas dicas e muito carinho você começa com pé direito uma relação que tem tudo para ser harmoniosa e divertida para você e para seu melhor amigo!
Texto: Tarsis Ramão (adestradora da equipe Cão Cidadão)
Revisão e Edição: Alex Candido
A chegada de um filhotinho em casa é um momento de grande alegria. Mas é importante lembrar que esse novo morador necessita de cuidados e certamente mudará a rotina de toda família.
Por isso, antes de adotar ou comprar um animal de estimação, esteja certo da sua escolha e, se tiver dúvidas, consulte seu veterinário ou um adestrador para orientá-lo.
A partir de 50 dias de vida, os cães já podem ser adestrados e, embora os animais aprendam em qualquer idade, iniciar um treinamento o quanto antes, proporciona uma convivência mais harmoniosa, evitando futuros problemas de comportamento, já que logo cedo, seu animalzinho já saberá o que você espera dele, evitando certas manias indesejadas.
Aprenda, com o método de Adestramento Inteligente, algumas dicas para educar o mais novo integrante da casa.
1- Se acostumando ao novo lar - Nos primeiros dias na nova casa, é normal que o cãozinho estranhe o ambiente. Ele chora porque sente falta da mãe e dos irmãos. Uma toalha ou um paninho com o cheiro da mãe e dos irmãos pode ajudar nessa adaptação. Manter um som baixo e constante vai fazer o cão se lembrar da respiração materna e ajuda a acalmá-lo. Um simples relógio que faça tique-taque pode ajudar, inclusive à noite.
2- Para conter a vontade de morder – É mais do que normal um filhotinho querer roer tudo que apareça em sua frente. Para conter esse “instinto destrutivo” do seu cãozinho e evitar que ele estrague objetos indesejados, ofereça brinquedos próprios para ele morder. Uma dica bacana é colocar os brinquedinhos no congelador e depois dar ao filhote. Isso alivia a coceira causada pela troca de dentição que o faz roer tantas coisas.
3- Uma boa noite de sono para todos - À noite, geralmente ele se sente ainda mais sozinho, quando todos estão dormindo. Por isso, ao contrário do que muitos imaginam, sempre que possível, é importante permitir que o filhote durma com você até que ele adquira confiança e perceba que a mãe não vai voltar. Além de dar uma caminha confortável, com o cheiro da antiga família, cansar o filhote com brincadeiras antes de dormir vai fazer com que ele pegue no sono mais rapidamente. Mas, se mesmo depois de tudo isso, o cãozinho insistir em chorar, não vá até onde ele está. Se você for ver o cão toda vez que ele chorar, ele aprende que resmungar é uma ótima estratégia para ser atendido, e vai fazer isso sempre. O ideal é ter certeza de que o cão está bem antes de dormir e depois ignorar seus chamados.
4- Xixi no lugar certo! – Mostrar logo no início onde é o “banheiro” do seu filhote, é a melhor maneira de ensiná-lo a fazer suas necessidades sempre no lugar certo. Como? Se puder restringir a área que seu cãozinho vai ficar, isso ajuda a ensiná-lo. Coloque no espaço dele jornais ou um tapete higiênico, em um lado oposto à sua cama e comida, pois os cães tendem a fazer suas necessidades longe do local onde dormem e se alimentam. Para aumentar as chances de acerto coloque esses jornais ou tapetes na maior área possível e vá diminuindo gradativamente. Nem pense em dar bronca caso erre o local, porque ele pode entender que o errado é fazer xixi e cocô. Vale lembrar que, assim como um bebê, os filhotes não conseguem segurar a vontade até chegar ao "banheiro”.
5- Recompensar e punir de forma correta – Dar aquelas “palmadinhas” no seu cãozinho não é a melhor forma de ensiná-lo. Caso estrague algo, por exemplo, repreenda o bicho com sustos, mas só se for pego no ato. Chacolhar uma lata com moedas pode ajudar. mas é imprescindível que seja somente no EXATO momento do ator indevido. Se der a bronca depois, o animal não irá associar ao que fez de rrado e só ficará confuso. E não se esqueça também das recompensas! Quando seu cão fizer xixi e cocô no lugar certo, por exemplo, agrade-o com um carinho, elogio ou um pedaço de um petisco bem gostoso. O reforço positivo ensina a filhotes, e a cães adultos também, que o bom comportamento traz ótimas recompensas.
Com essas dicas e muito carinho você começa com pé direito uma relação que tem tudo para ser harmoniosa e divertida para você e para seu melhor amigo!
Texto: Tarsis Ramão (adestradora da equipe Cão Cidadão)
Revisão e Edição: Alex Candido
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
CCJ do Senado aprova projeto que cria Conselho Federal de Zootecnia
Notícia Publicada em 10/11/2010, no site www.terra.com.br
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (10) projeto de lei que cria o Conselho Federal de Zootecnia bem como os conselhos regionais. O objetivo das instituições será fiscalizar o exercício da profissão regulamentada por lei federal. Por conter ''um vício de inconstitucionalidade'' uma vez que não cabe ao Congresso e sim ao Executivo criar autarquias e conselhos, o relator Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou emenda de redação que autoriza o presidente a criar esses conselhos.
A matéria vai agora à sanção presidencial. No seu parecer, o relator destacou que existe atualmente 104 cursos de zootecnia no país que já formou 20 mil profissionais. Hoje, o exercício da profissão é fiscalizado pelos conselhos nacional e regionais de medicina veterinária.
Edição: Talita Cavalcante
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (10) projeto de lei que cria o Conselho Federal de Zootecnia bem como os conselhos regionais. O objetivo das instituições será fiscalizar o exercício da profissão regulamentada por lei federal. Por conter ''um vício de inconstitucionalidade'' uma vez que não cabe ao Congresso e sim ao Executivo criar autarquias e conselhos, o relator Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou emenda de redação que autoriza o presidente a criar esses conselhos.
A matéria vai agora à sanção presidencial. No seu parecer, o relator destacou que existe atualmente 104 cursos de zootecnia no país que já formou 20 mil profissionais. Hoje, o exercício da profissão é fiscalizado pelos conselhos nacional e regionais de medicina veterinária.
Edição: Talita Cavalcante
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Morador de Rua Cuida de 10 Cães...
Este texto e estas fotos recebi por email de um amigo que se comoveu com a humílde vida de um morador de rua que mesmo diante dos problemas da vida, ainda dedica-se a cuidar de 10 cães.
Rogério é um morador de rua que vive numa carroça coberta com 10 cães, entre eles, alguns encontrados em condições extremas - espancados pelos antigos donos, jogados pela janela de um caminhão, doentes, abandonados e esfomeados, largados ao léu, amarrados em postes etc.
Vive de doações de ração, remédio e comida. Os cães são muito bem tratados, mas dependem do amor e do carinho que o Rogério tem por eles, e da caridade daqueles que o conhecem e admiram.
Ele fica próximo a pontos de ônibus na avenida Georges Corbusier, após a rua Jequitibás (região do Jabaquara, em São Paulo), os cães não atrapalham ninguém, são super-educados e simpáticos (todos castrado(a)s) e passam boa parte do dia dentro da carroça.
Ele é muito querido pelos comerciantes da região, mas o problema é durante a madrugada, quando bêbados no volante, e garotos usuários de droga na região, tem sido uma constante ameaça. Rogério já foi espancado por jovens drogados e chegaram a jogar álcool nele enquanto dormia com os cães dentro da carroça, por sorte não tiveram tempo de acender o fósforo, pois um dos cães latiu e o avisou do perigo.
Ele é um exemplo de como uma pessoa pode se doar. Alguém na condição dele, poderia ter escolhido outros caminhos, mas Rogério demonstrou coragem e decidiu perseverar. Além de ser uma pessoa de muito valor, faz caridade prá deixar muito bacana por aí no chinelo. Sua presença ilumina os lugares por onde passa, mas ele já está cansado e também não é mais tão jovem assim.
São muitas as agressões que ele e os cachorros vêm sofrendo, e que vão desde assalto e espancamento, até atentados contra a vida como esfaqueamento e atropelamento. Enfim, é muito sofrimento para alguém que luta tanto. Na região todos o conhecem e apreciam, tanto que na última vez que uma turma veio bater nele porque queriam roubar suas coisas, o dono de um bar próximo saiu para enfrentar os safados e começou a dar tiros, colocando todos em fuga. Assim, mesmo, o Rogério passou dois dias no hospital por conta dos machucados recebidos, e se não fosse pela intervenção do dono do bar, os cachorros já seriam órfãos.
Assim, é diante de tudo isso peço que ajudem a divulgar esta história para que o Rogério possa conseguir uma oportunidade que lhe propicie melhores condições de moradia e de vida, em qualquer cidade, para que ele possa cuidar não somente dos seus, mas de outros tantos cães abandonados por esse Brasil, e que precisam de muitos cuidados e de carinho. Já lhe ofereceram abrigo, mas desde que os cães ficassem para trás, e o Rogério recusou, pois para ele, estes cães são como filhos; são sua familia.
Outro dia ele estava levando todos os cães para um pet shop para tomar banho - eram 11 cachorrinhos felizes – eram originalmente 10, mas agora apareceu mais um, um fox paulistinha que eu não conheci porque no momento que conversamos estava no banho. Ele disse que havia passado remédio contra pulgas nos cachorros, e que o tal remédio é meio melado, e então teve que dar banho em toda a tropa. Perguntei quanto ele iria gastar para dar banho em toda aquela tropa de cachorros, e ele, sorrindo como sempre, disse que a moça do pet shop o ajudava e não cobrava nada. Santa alma! Aí eu perguntei a ele – e você? Onde toma banho? E ele me respondeu que tomava banho no posto de gasolina da esquina, banho frio, gelado mesmo. Disse que como era nordestino, estava acostumado.
As vezes faltam palavras que possam definir a grandeza de uma alma como esta, que mesmo não tendo quase nada para si, dá o pouco que tem para minorar o sofrimento desses pobres animais de rua. Muito mais importante dos que as aparências, a riqueza, e o poder ostentado pelas pessoas, são suas atitudes e seus valores éticos e espirituais.
Rogério é um morador de rua que vive numa carroça coberta com 10 cães, entre eles, alguns encontrados em condições extremas - espancados pelos antigos donos, jogados pela janela de um caminhão, doentes, abandonados e esfomeados, largados ao léu, amarrados em postes etc.
Vive de doações de ração, remédio e comida. Os cães são muito bem tratados, mas dependem do amor e do carinho que o Rogério tem por eles, e da caridade daqueles que o conhecem e admiram.
Ele fica próximo a pontos de ônibus na avenida Georges Corbusier, após a rua Jequitibás (região do Jabaquara, em São Paulo), os cães não atrapalham ninguém, são super-educados e simpáticos (todos castrado(a)s) e passam boa parte do dia dentro da carroça.
Ele é muito querido pelos comerciantes da região, mas o problema é durante a madrugada, quando bêbados no volante, e garotos usuários de droga na região, tem sido uma constante ameaça. Rogério já foi espancado por jovens drogados e chegaram a jogar álcool nele enquanto dormia com os cães dentro da carroça, por sorte não tiveram tempo de acender o fósforo, pois um dos cães latiu e o avisou do perigo.
Ele é um exemplo de como uma pessoa pode se doar. Alguém na condição dele, poderia ter escolhido outros caminhos, mas Rogério demonstrou coragem e decidiu perseverar. Além de ser uma pessoa de muito valor, faz caridade prá deixar muito bacana por aí no chinelo. Sua presença ilumina os lugares por onde passa, mas ele já está cansado e também não é mais tão jovem assim.
São muitas as agressões que ele e os cachorros vêm sofrendo, e que vão desde assalto e espancamento, até atentados contra a vida como esfaqueamento e atropelamento. Enfim, é muito sofrimento para alguém que luta tanto. Na região todos o conhecem e apreciam, tanto que na última vez que uma turma veio bater nele porque queriam roubar suas coisas, o dono de um bar próximo saiu para enfrentar os safados e começou a dar tiros, colocando todos em fuga. Assim, mesmo, o Rogério passou dois dias no hospital por conta dos machucados recebidos, e se não fosse pela intervenção do dono do bar, os cachorros já seriam órfãos.
Assim, é diante de tudo isso peço que ajudem a divulgar esta história para que o Rogério possa conseguir uma oportunidade que lhe propicie melhores condições de moradia e de vida, em qualquer cidade, para que ele possa cuidar não somente dos seus, mas de outros tantos cães abandonados por esse Brasil, e que precisam de muitos cuidados e de carinho. Já lhe ofereceram abrigo, mas desde que os cães ficassem para trás, e o Rogério recusou, pois para ele, estes cães são como filhos; são sua familia.
Outro dia ele estava levando todos os cães para um pet shop para tomar banho - eram 11 cachorrinhos felizes – eram originalmente 10, mas agora apareceu mais um, um fox paulistinha que eu não conheci porque no momento que conversamos estava no banho. Ele disse que havia passado remédio contra pulgas nos cachorros, e que o tal remédio é meio melado, e então teve que dar banho em toda a tropa. Perguntei quanto ele iria gastar para dar banho em toda aquela tropa de cachorros, e ele, sorrindo como sempre, disse que a moça do pet shop o ajudava e não cobrava nada. Santa alma! Aí eu perguntei a ele – e você? Onde toma banho? E ele me respondeu que tomava banho no posto de gasolina da esquina, banho frio, gelado mesmo. Disse que como era nordestino, estava acostumado.
As vezes faltam palavras que possam definir a grandeza de uma alma como esta, que mesmo não tendo quase nada para si, dá o pouco que tem para minorar o sofrimento desses pobres animais de rua. Muito mais importante dos que as aparências, a riqueza, e o poder ostentado pelas pessoas, são suas atitudes e seus valores éticos e espirituais.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Convulsões e Epilepsia em Cães e Gatos
Escrito por Dr. Rafael Claro Marques
Os nossos amigos também podem sofrer de epilepsias e convulsões.
Consideramos epilepsia como o quadro clínico caracterizado pela repetição freqüente dos episódios de convulsão. Já a convulsão é o quadro clínico gerado por descargas elétricas descontroladas e transitórias nos neurônios. Isto pode levar a alterações da consciência, percepção sensorial, funções viscerais, atividade motora e memória. As convulsões podem ter diversas causas.
Elas estão fortemente ligadas à idade do animal. Em animais jovens, com até 1 ano, associa-se a mal-formações, intoxicações por neurotoxinas (por exemplo, venenos para ratos e algumas plantas), trauma, distúrbios metabólicos, processos infecciosos e, mais dificilmente, epilepsia juvenil. Entre os animais de 1 a 5 anos, pensamos em traumas, intoxicações, seqüelas secundárias a problemas infecciosos, neoplasias e, a causa mais comum, a epilepsia idiopática.
Nos velhinhos, já podemos investigar uma neoplasia intracraniana, um processo inflamatório ou infeccioso e distúrbios metabólicos. Dentre todas estas, a mais observada na clínica veterinária é a epilepsia idiopática. Esta acomete cerca de 1% de toda a população canina. Manifesta-se, geralmente, entre os 2 e 5 anos de idade. Normalmente, não se identifica uma causa, e o animal permanece completamente normal entre um episódio convulsivo e outro. Alguns estudos sugerem como uma causa genética neuronal.
Os cães de raças puras, geralmente, são os mais acometidos; já os felinos, raramente apresentam epilepsia idiopática. Independentemente da sua origem, as convulsões podem ter graus variados. Podem ser leves, com o cão apenas salivando (babando) com movimentos desordenados de cabeça, até um ataque com sinais mais evidentes; o animal chega a cair no chão (geralmente de lado), saliva excessivamente, movimenta as pernas como se estivesse pedalando ou tentando se levantar.
O ataque pode levar de segundos a cerca de 2, até 3 minutos. Nos casos mais graves, os animais podem vir a apresentar o status epileticus, aonde o animal convulsiona sem parar por mais de 5 minutos, ou apresenta convulsões seguidas em que o animal não retorna ao normal após 30 minutos, necessitando de um atendimento emergencial. O tratamento prolongado, obviamente, só deve ser realizado nos pacientes com convulsões freqüentes em um determinado espaço de tempo.
Animais com outras causas de convulsão devem ter a doença desencadeante tratada primeiramente, para depois observar se a convulsão persiste. Quanto antes for iniciado o tratamento nos casos de epilepsia idiopática, melhor o resultado. Cães tratados precocemente apresentam um controle mais efetivo quando comparado com cães que tiveram muitas convulsões antes do início do tratamento.
O proprietário de um cão epilético não deve se assustar ao primeiro sinal de convulsão. É importante manter a calma, até para não assustar ainda mais o animal. Não faça barulhos, retire objetos aonde ele possa vir a se machucar com os movimentos descontrolados e cuide para ele não bater a cabeça. Contate o seu veterinário e anote as datas, os horários e a duração do ataque, isto pode fazer a diferença em um futuro tratamento prolongado. Importante também lembrar que animais com epilepsia idiopática devem ser castrados, principalmente as fêmeas que podem diminuir o intervalo entre as convulsões durante o cio.
Publicado no Jornal Guarulhos Hoje, em 07/11/2009.
Os nossos amigos também podem sofrer de epilepsias e convulsões.
Consideramos epilepsia como o quadro clínico caracterizado pela repetição freqüente dos episódios de convulsão. Já a convulsão é o quadro clínico gerado por descargas elétricas descontroladas e transitórias nos neurônios. Isto pode levar a alterações da consciência, percepção sensorial, funções viscerais, atividade motora e memória. As convulsões podem ter diversas causas.
Elas estão fortemente ligadas à idade do animal. Em animais jovens, com até 1 ano, associa-se a mal-formações, intoxicações por neurotoxinas (por exemplo, venenos para ratos e algumas plantas), trauma, distúrbios metabólicos, processos infecciosos e, mais dificilmente, epilepsia juvenil. Entre os animais de 1 a 5 anos, pensamos em traumas, intoxicações, seqüelas secundárias a problemas infecciosos, neoplasias e, a causa mais comum, a epilepsia idiopática.
Nos velhinhos, já podemos investigar uma neoplasia intracraniana, um processo inflamatório ou infeccioso e distúrbios metabólicos. Dentre todas estas, a mais observada na clínica veterinária é a epilepsia idiopática. Esta acomete cerca de 1% de toda a população canina. Manifesta-se, geralmente, entre os 2 e 5 anos de idade. Normalmente, não se identifica uma causa, e o animal permanece completamente normal entre um episódio convulsivo e outro. Alguns estudos sugerem como uma causa genética neuronal.
Os cães de raças puras, geralmente, são os mais acometidos; já os felinos, raramente apresentam epilepsia idiopática. Independentemente da sua origem, as convulsões podem ter graus variados. Podem ser leves, com o cão apenas salivando (babando) com movimentos desordenados de cabeça, até um ataque com sinais mais evidentes; o animal chega a cair no chão (geralmente de lado), saliva excessivamente, movimenta as pernas como se estivesse pedalando ou tentando se levantar.
O ataque pode levar de segundos a cerca de 2, até 3 minutos. Nos casos mais graves, os animais podem vir a apresentar o status epileticus, aonde o animal convulsiona sem parar por mais de 5 minutos, ou apresenta convulsões seguidas em que o animal não retorna ao normal após 30 minutos, necessitando de um atendimento emergencial. O tratamento prolongado, obviamente, só deve ser realizado nos pacientes com convulsões freqüentes em um determinado espaço de tempo.
Animais com outras causas de convulsão devem ter a doença desencadeante tratada primeiramente, para depois observar se a convulsão persiste. Quanto antes for iniciado o tratamento nos casos de epilepsia idiopática, melhor o resultado. Cães tratados precocemente apresentam um controle mais efetivo quando comparado com cães que tiveram muitas convulsões antes do início do tratamento.
O proprietário de um cão epilético não deve se assustar ao primeiro sinal de convulsão. É importante manter a calma, até para não assustar ainda mais o animal. Não faça barulhos, retire objetos aonde ele possa vir a se machucar com os movimentos descontrolados e cuide para ele não bater a cabeça. Contate o seu veterinário e anote as datas, os horários e a duração do ataque, isto pode fazer a diferença em um futuro tratamento prolongado. Importante também lembrar que animais com epilepsia idiopática devem ser castrados, principalmente as fêmeas que podem diminuir o intervalo entre as convulsões durante o cio.
Publicado no Jornal Guarulhos Hoje, em 07/11/2009.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 13º Post: Border Collie
O border collie é uma raça relativamente jovem, desenvolvida durante o século XIX. Este “collie da fronteira” (border significa fronteira em inglês) desenvolveu-se na região de fronteira entre a Inglaterra e a Escócia, no norte da Grã-Bretanha. Embora a criação da raça date do século XIX, seus ancestrais já estavam presentes na região desde a Idade Média, onde trabalhavam junto com os criadores de ovelhas demonstrando incrível capacidade no trabalho. A capacidade de trabalho dos border collies sempre foi tão importante em sua terra natal que os criadores selecionavam os reprodudores por seu desempenho no pastoreio e não por sua aparência, até hoje, clubes especializados e adimiradores da raça se esforçam para preservar as habilidades de pastor do border collie. Em 1876, Mr. R. J. Lloyd Price fez uma demonstração nos jardins do Palácio de Londres, na qual um border collie, guiado apenas por comandos de voz e assovios do pastor, conduziu ovelhas desgarradas para um pequeno curral previamente preparado.
A demonstração deixou toda a corte londrina impressionada com a inteligência deste cão. O border collie é um pastor por natureza, caso não tenha ovelhas nem gado para pastorear irá direcionar seus instintos de pastor para outros animais e até para as crianças da casa. Quando trabalha com o rebanho o border collie possui um método único de lidar com os animais, ele fixa o olhar no rebanho e se aproxima agachado, como um lobo ou cão de caça, sem nunca desviar o olhar do animal que parece “hipnotizado” pelo cão, os criadores chamam esta característica do border collie de “power eye” que significa “olhos poderosos”.
Border collies são cães ativos e dinâmicos, muito trabalhadores e donos de uma grande inteligência e capacidade de aprendizado (1ª colocação no ranking de inteligência canina de Stanley Coren ). Estes cães são carinhosos com seus donos e reservados com estranhos. Além disto estes cães são ágeis e possuem um excelente olfato, sendo uma das melhores raças de cães pastores para lidar com ovelhas do mundo. A raça também tem se destacado em competições, tanto de pastoreio, quanto de agility, fly ball e frisbee, sendo que as competições de pastoreio possuem uma categoria exclusiva para border collies. Por seu temperamento carinhoso e brincalhão o border collie foi classificado como uma das melhores raças para famílias (3ª colocação no ranking A&E de cães para família).
Um border collie nunca deve ser mantido sem atividade, devem ser adestrados, praticar agility ou lidar com rebanhos, caso não possa gastar sua grande energia se tornará um cão problemático, o mesmo ocorre com sua grande inteligência, se não for estimulado pode ficar entediado e desenvolver problemas de comportamento. É um bom cão de companhia para os donos que saibam como criá-lo. A raça apresenta duas variedades uma de pêlo semi longo, outra de pêlo curto, sendo que a de pêlo semi longo é a mais conhecida devido a participação em filmes como “Babe o porquinho” e campanhas publicitárias como a do “Unibanco”, em ambas as variedades o pêlo deve ser escovado regularmente. A raça é considerada saudável e resistente, mas pode estar sujeita a alguns problemas genéticos como a atrofia progressiva da retina e a “CEA” ou Collie Eye Anomalie (Anomalia do olho do collie) que pode atingir cães das raças do tipo collie e causar cegueira, contudo estes problemas podem ser evitados com a escolha consciente do filhote e dos pais da ninhada.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Salve o dia Universal dos Animais : 04 de Outubro.
São Francisco, nascido na cidade de Assis, Itália, apaixonado pela Natureza, falava com bichos, flores e bosques. Dizia tudo ser seu irmão: “Meu irmão sol, minha irmã borboleta”. Tudo estava interligado: ”Entre eu, as coisas e os seres não deve haver distância ou distinções substanciais”. Confidenciava aos amigos: “Entendo a vida dos pássaros, dos peixes, das plantas e de tudo, enfim”. Miss Margareth Ford, famosa protecionista dos bichos, conseguiu que São Francisco de Assis fosse reconhecido pelo Movimento Internacional Protetor dos Animais, como o Santo Padroeiro dos Animais e ai instituiu como o Dia Universal dos Animais, 4 de outubro, aniversário do seu falecimento, tendo em vista desconhecer a data do seu nascimento.
Contudo, ainda hoje, visualizamos um mundo grotesco, onde criaturas sencientes e que nenhum crime cometeram são torturadas, escravizadas, mutiladas e mortas em nome de uma pretensa superioridade do homem que nos remete a insanidade de Hitler e ao holocausto da Segunda Grande Guerra. Todos os dias nos deparamos com a insensibilidade humana em relação aos animais quando vemos nas mesas a carne de seres inocentes ser devorada sem a mínima piedade; quando em nome de uma ciência equivocada, animais são submetidos a toda ordem de sofrimento em mesas frias dos laboratórios; cavalos, burros e jumentos explorados até a exaustão e quando velhos e doentes, descartados, jogados fora como um objeto imprestável; cães e gatos vivendo nas ruas abandonados, comidos de sarna e dor, rabinho entre as pernas, à espera do próximo pontapé; aves prisioneiras; garrotes e bezerros amarrados pelos testículos, atiçados nos rodeios e vaquejadas; animais de circo torturados para aprender números incompatíveis com sua natureza; animais silvestres condenados a prisão perpétua em zoológicos; nos parques aquáticos e nas rinhas, animais sofrendo para deleite do ser humano. Neste dia consagrado aos animais, a mensagem que queremos deixar é que o animal não é algo inanimado, ele tem consciência de sua vida e esta inclui uma série de necessidades biológicas, individuais e sociais e a satisfação dessas necessidades é uma fonte de prazer, assim como a frustração e o abuso, uma fonte de sofrimento.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Castração em Cães e Gatos
A castração é um procedimento cirúrgico, realizado em cães e gatos (tanto fêmeas quanto machos) que consiste na remoção permanente dos órgãos responsáveis pela reprodução.
Nas fêmeas são removido útero e ovários e nos machos os testículos.
Alguns proprietários ainda relutam em realizar tal cirurgia, independente dos motivos. Porém, nos dias de hoje sabemos que esse procedimento só tem a trazer benefícios para seu pet.
Se você não pretende colocar sua cadelinha ou gatinha para reprodução, comece a pensar em castrá-la!
Algumas vantagens sobre a castração:
• Previne problemas relacionados com o cio, como sangramentos excessivos, corrimentos vaginais, micção repetida, atração de machos que deixam a fêmea excitada.
• Reduz o superpopulação canina e felina nas ruas.
• Previne piometra (infecção uterina, muito comum nas fêmeas)
• Previne gestações não planejadas.
• Previne tumores de mama nas fêmeas (fêmeas castradas antes do primeiro cio raramente desenvolvem neoplasia mamária) e de próstata nos machos.
• Previne a falsa gestação (Gravidez psicológica)
• Diminui o risco de fugas dos animais, o que pode ocasionar acidentes e brigas.
• Diminui o hábito dos machos de urinar nos móveis para delimitar território.
Mitos sobre castração:
• OBESIDADE: Castração não engorda! O que ocorre é que animais castrados tendem a fazer menos exercício físico e a ingerir mais alimentos, o que deve ser feito então, é proporcionar mais atividades pro seu animal e controlas alimentação.
• DEIXAR A FÊMEA TER PELO MENOS UMA CRIA: Isso não irá acrescentar nada à saúde da fêmea, e como já citei anteriormente, quanto antes for realizada a cirurgia, menor a probabilidade de desenvolvimento de tumores mamários.
• EXISTE SOFRIMENTO DO ANIMAL: Não. A cirurgia é realizada com anestesia, é um procedimento relativamente rápido e simples e são administrados medicamentos para controlar a dor no pós operatório.
• O MACHO PERDE O INTERESSE PELA FÊMEA: Machos castrados tendem a demonstrar menos interesse por fêmeas, principalmente se castrados antes da puberdade, porém se ele entrar em contato com uma fêmea no cio pode até mesmo chegar a cruzar com ela, se que ocorra fecundação.
• CASTRAÇÃO É UMA MUTILAÇÃO: Muito pelo contrário, hoje em dia as técnicas operatórias são muito delicadas e só trazem benefícios aos animais.
Publicado no Jornal Ribeirão Preto Online
Coluna da Dra. Ana Carolina Vital
Clamidiose Felina
A Clamidiose Felina Também conhecida como Pneumonite Felina é uma doença respiratória, de manifestação crônica. Ocorre em todo o mundo e afeta cerca de 5% a 10% da população. Foi isolado o agente causal em gatos pela primeira vez em 1942. É especialmente comum em filhotes (2 a 6 meses de idade) e em locais com alta densidade de gatos (casa, criatórios e lojas). Os Surtos ocorrem com freqüência em locais onde a higiene é precária e pouco ventilado. Além disso esses surtos podem ocorrer em situações de stress, como a introdução de um novo animal na casa, cio, falta de comida ou até mesmo competição.
ETIOLOGIA
A pneumonite felina é causada por Chlamydophila felis (Chlamydia psittaci), um microrganismo intracelular. Este se reproduz nas células do trato respiratório causando irritação e sintomas brandos. Multiplica-se também na mucosa gástrica e também no trato reprodutivo, mas não há sintomas relatados.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
A Chlamydia sp se dissemina através de secreções dos animais acometidos onde se multiplica no citoplasma das células do epitélio conjuntivo, causando a sua ruptura e liberando organismos que irão infectar outras células epiteliais. O período de incubação pode chegar a 10 dias. É sintomática apenas para o trato respiratório e olhos. No início apresenta-se somente uma leve descarga ocular serosa e blefaroespasmo, evoluindo para uma descarga ocular purulenta bilateral, corrimento nasal também purulento e espirros ocasionais. A hipertermia pode estar presente durante vários dias no estágio inicial. A Chlamydia sp já foi relatada em mucosa gástrica e trato genital, mas o significado clínico permanece desconhecido. Apesar de incomum é possível a transmissão à humanos (zoonose),
causando nestes a conjuntivite.
DIAGNÓSTICO:
- Sorologia - Clamidiose Felina por ELISA.
- Hemograma.
- Devido à dificuldade da coleta e raridade da amostra, geralmente se recomenda check up (ex.
perfil renal) geral do animal.
TRATAMENTO
Geralmente o tratamento é simples e eficaz, tendo como base a antibioticoterapia (por
exemplo: tetraciclina, quinolonas). Um dos medicamentos mais utilizados atualmente é a Doxiciclina. Em casos mais graves, um período prolongado pode ser necessário (até 6 semanas). Uso de antibióticos tópicos (colírios) e limpeza de focinho e olhos. No caso de vários gatos no mesmo local, é recomendável o tratamento de TODOS portadores) e separação dos sintomáticos. Reforçar a limpeza do ambiente e objetos, e ainda minimizar o stress. Medicação de suporte em casos necessários.
PREVENÇÃO
Existem vacinas disponíveis, geralmente vacinas vivas (cepas atenuadas) e associadas a outros agentes de doenças de felinos (quádruplas ou quíntuplas). Gatos que vivem em grupos ou que tem acesso à rua devem ser vacinados. A vacinação não previne a infecção, mas sim a severidade e ocorrência de sinais severos.
Não podemos deixar de ressaltar a importância também do manejo adequado dos animais recém chegados a um ambientes onde já existem outros animais, além das condições de higiene destes locais.
PROGNÓSTICO
BOM, a doença se devidamente diagnosticada e tratada através da antibioticoterapia,
apresenta bons resultados.
QUERO APROVEITAR O ESPAÇO PARA AGRADECER ALGUMAS PESSOAS POR CONTRIBUIREM COM INFORMAÇÕES DE COMO DEVEMOS PROCEDER COM NOSSOS ANIMAIS, SEJA NOS CUIDADOS COM OS MESMOS OU ATÉ MESMO NO CONVÍVIO. ACHO QUE INFORMAÇÃO É PARA SER TROCADA. NÃO CUSTA NADA INFORMAR AQUELES QUE DESCONHECEM ALGUNS ASSUNTOS. INFELIZMENTE COLEGAS DE PROFISSÃO NÃO PENSAM ASSIM. MAS ESTES SÃO MINORIAS, COM CERTEZA! OBRIGADO A TODOS PELA ATENÇÃO...
Guia de Primeiros Socorros para Cães e Gatos
Texto Publicado também no Site http://aquisoentramgatos.blogspot.com
Você sabe avaliar quando seu cão está com febre? Qual o batimento cardíaco normal de um gato? Quem tem um animal de estimação em casa precisa estar atento ao seu comportamento. Falta de apetite e apatia, por exemplo, podem esconder diversas doenças. Isso sem falar nos acidentes e imprevistos tão comuns na vida dos pets.
Para ajudar os donos na hora de uma emergência e evitar o tempo perdido com medos e indecisões – que podem até ser fatais para os animais – a americana especializada em medicina de emergência Amy D. Shojai, que já publicou 12 livros sobre animais de estimação, escreveu Primeiros Socorros para Cães e Datos (Gutenberg Editora, R$ 49,90, 432 páginas), que acaba de ganhar uma versão em português.
No livro, a autora mostra técnicas de imobilização e de ressuscitação cardiopulmonar, dá dicas de quais e em que quantidades os remédios para humanos podem ser usados nos animais e ensina como avaliar os principais sinais vitais de cães e gatos (confira quadro no final desta reportagem).
O guia ainda lista um kit de primeiros socorros que a pessoa deve ter em casa. Entre os materiais sugeridos pelo livro, estão tesouras sem pontas (para curativos), focinheira, termômetro clínico, tosquiador elétrico (para aparar pelos em volta de feridas), plástico bolha (para tala de imobilização) e soro fisiológico (para limpar feridas).
A veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Adriana da Costa Val, que participou da revisão de conteúdo para a versão em português da publicação, afirma que o livro deve ser visto como um meio de orientação para os donos, mas não deve substituir a avaliação e os cuidados de um profissional.
Adriana diz que alguns procedimentos que estão no guia podem ser ensinados no consultório e repetidos em casa pelo dono do animal, como a limpeza das orelhas e a medição da temperatura, por exemplo. Mas é preciso cuidado. “A temperatura é medida através do reto, o que pode causar incômodo ao animal se não for feito corretamente”, alerta Adriana.
De acordo com a veterinária, as regras básicas para a boa saúde de seu bicho de estimação são oferecer água fresca e comida de boa qualidade, não deixar objetos perigosos ao alcance deles (canetas, remédios, produtos de limpeza) e analisar se o ambiente onde ele costuma ficar é realmente seguro. O check-up de saúde deve ser feito a cada seis meses e as principais vacinas devem ser atualizadas uma vez por ano.
Publicado Originalmente por: Revista Época
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Recomendo!!!
Problemas (reações) causados pela Quíntupla Felina
Panleucopenia
Os sintomas da doença estão relacionados com o sistema digestivo: vômito, perda de apetite e diarréia com ou sem sangue. A transmissão ocorre por contato direto do animal com as fezes e urina de animais infectados no ambiente.
Rinotraqueíte
Vacina contra Herpesvírus, microorganismo que tem preferência pelas mucosas nasais, traquéia e conjuntiva, caracterizando os sintomas respiratórios.
Como o Herpesvírus não é eliminado do organismo do animal após o contato, o gato não vacinado será portador definitivo do vírus. Isto quer dizer, que se o animal passar por um período de estresse ou queda de resistência, o Herpesvírus poderá se manifestar, causando os sintomas respiratórios característicos: secreção ocular, nasal, tosse e pneumonia.
Calicivirose
Vacina contra o Calicivírus que também é responsável por problemas respiratórios nos gatos contaminados, além de provocar ferimentos na boca. Este vírus é muito resistente no ambiente.
Clamidiose
É uma zoonose (doença transmissível ao ser humano) responsável por conjuntivite e sintomas respiratórios suaves nos gatos.
É uma doença caracterizada por uma conjuntivite crônica e rinite moderada. Os sintomas precoces da doença são congestão ocular, aumento de lacrimejamento (ambos são unilaterais inicialmente e evoluem para bilaterais com o agravamento do processo infeccioso). Febre, rinite e espirros são observados comumente. O curso da doença é de 2-6 semanas em gatos adultos, mas a doença raramente é fatal.
A Rinotraqueíte, Calicivirose e Clamidiose, em geral, se apresentam associadas.
Leucemia Felina
É causada por um vírus responsável pelo aparecimento de tumores e queda de resistência do sistema de defesa do organismo, tornando-os sujeitos a doenças oportunistas. A doença ocorre em animais de vida livre ou que tenham contato com gatos vadios. A transmissão da doença se faz através do contato direto com a saliva por períodos constantes e prolongados. A vida média de um animal doente é de 2 a 3 anos após a infecção. Gatos fracos ou que constantemente apresentam problemas de saúde são considerados suspeitos para Leucemia Felina. O diagnóstico é feito pelo teste ELISA. Não existe cura, apenas a prevenção por vacina. A Leucemia Felina é atualmente a doença que mais mata gatos que vivem em Gatís e Associações.
Antes de vacinar com a Vacina Quíntupla Felina, é preciso levar em consideração os seguintes riscos com relação à vacina contra Leucemia Felina:
Reações à vacina para leucemia são: Fibrossarcoma, Choque Anafilático e Imunossupressão por um curto período de tempo.
O Fibrossarcoma ocorre no local onde o gato tomou várias vacinas contra Leucemia.
É um câncer extremamente agressivo e fatal, que se dissemina com facilidade por todo o organismo.
Devido aos riscos da vacina e pelo contágio da Leucemia se dar por contato direto entre os gatos (o vírus não é transmitido via ar), gatos que SÓ ficam DENTRO de casa não têm necessidade de vacinar contra Leucemia, desde que NÃO tenham contato direto com gatos que frequentam a rua, ou mesmo quando for ao vet. Além de outras razões práticas, o uso de transporte para ir ao Vet também é importante por causa disso. ele não deixa que o gato tenha contato direto com outro.
-Se o gato SÓ fica dentro de casa e NÃO tem contato com outros NÃO precisa vacinar.
-Se sai de vez em quando e existe a possibilidade de um contato direto com outros, deve vacinar só a cada 3 ANOS.
-Vacina anual só pra gatos que saem MUITO! E o local da vacina deve ser estudado, para que, caso ocorra o fibrossarcoma mais tarde, uma grande parte de tecido possa ser tirada para tentar evitar que o cancer se dissemine. Muitas vezes isso não pode ser feito devido ao local.
Esses riscos devem ser levados em conta pelo Veterinário e pelo proprietário do gato na hora de vacinar.
domingo, 26 de setembro de 2010
Onde estaria o problema???
Muitos proprietários chegam até os consultórios onde trabalho achando que a vacina contra raiva, tanto a canina quanto a felina, é apenas a vacina necessária para seus animais!!! Isso não é verdade. Como já publicado aqui neste Blog, existem diversas doenças que podem acometer cães e gatos e que podem ser previnidas através de vacinas. As mais conhecidas são a Cinomose, Parvovirose, Leptospirose e Tosse dos canis. Outro fator muito importante é a eficácia destas vacinas usadas em campanhas. Cabe resaltar que a vacina contra raiva usada em nosso país conta com o vírus inativado, ou seja, ele está vivo, mas não causa a doença. Fato este fazer com que a refrigeração destas vacinas sejam indispensáveis. Vivemos em um país tropical, onde o verão é predominante de temperaturas bastante elevadas... daí surge o primeiro questionamento: será que por volta de umas 16 horas, cuja temperatura está por volta de uns 35ºC aqui no Rio de Janeiro em dias de verão, essas vacinas estarão bem conservadas em isopores com gelos??? Outro fato a ser questionado: quem são os "profissionais" que aplicam estas vacinas? Eles estão aptos??? Bom, se pararmos para analisar as campanhas de vacinações contra raiva em nosso país, iríamos questionar não somente estes dois fatos que citei e sim muitos outros!!!
E nesse ano de 2010, meios de comunicações, como rádio e televisão, andaram publicando que alguns animais obtiveram reações após serem vacinados em campanhas. Fato este comprovado por uma amiga também veterinária em sua cidade. A campanha de vacinação ocorreu ontem em sua cidade (26/09/2010). E hoje (27/09/2010), mais da metade dos seus atendimentos foram referentes a animais vacinados ontem. Alguns destes animais chegaram ao consultório com febre, vomitando e com outros tipos de reações. O que teria acontecido de errado??? Tudo bem que um ou alguns animais, não muitos, expressarem reações a vacinas é normal. Mas agora muitos animais... Onde estaria o problema???
Bom, caros amigos, o intuito de publicar este texto aqui em meu blog foi de pedir encarecidamente a todos que amam e cuidam muito bem dos seus animais, que VACINEM SEUS ANIMAIS EM VETERINÁRIOS... Nós, profissionais aptos a vacinar e consultar clinicamente seus animais, assim como executar diversos procedimentos com os mesmos, estudamos 5 anos de nossa vida. Acho que nós, somente nós, estamos mais capacitados para cuidar dos seus animais!!!
Abaixo seguem alguns sites onde constam alguns dos assuntos citados aqui nesse texto por mim. Muito obrigado a todos por fazerem do meu blog, um instrumento de conhecimentos. Gostaria de pedí-los também que comentem, expressem vossas opiniões. Suas opiniões serão muito bem-vindas!!!
* http://www.pasteur.saude.sp.gov.br/extras/manual_03.pdf
* http://www.focoregional.com.br/page/plantaodtl.asp?t=VR+VACINA+C%C3ES+E+GATOS+CONTRA+RAIVA+NESTE+S%C1BADO+&id=21799
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 12º Post: Sheepdog
O Old English Sheepdog, também conhecido como Bobtail, é um cão desenvolvido na Grã-Bretanha de origem muito incerta, talvez descendente de um antigo e peludo cão russo, o Owtchar, talvez trazido por navios provenientes da região do Mar Báltico, talvez seja relacionado com o Briard.
É um cão musculoso e corpulento. Seu corpo é totalmente recoberto por uma pelagem abundante, que deve ser muito bem escovada periodicamente para evitar eczemas. A pelagem pode ser de todos os tons de cinza, malhado, azul, com ou sem manchas brancas. Sua altura deve ser superior a 56 cm, no caso da fêmea, e a 61 cm, no caso do macho, e pesar cerca de 30 – 45 kg, respectivamente. O crânio é amplo e de forma quadrada, e seus olhos devem ser escuros, mas ha cachorros que nascem com olhos mistos(um olho azul e outro castanho).
A cauda, antigamente amputada nos 3 dias seguintes ao nascimentó, é, hoje em dia, deixada natural na grande maioria dos países.
Inteligente, dócil, agitado, obediente e fácil de ser adestrado. Apto ao convívio com crianças, com as quais se mostra um grande amigo.
Ótimo cão pastor, com um tamanho que intimida qualquer possível predador do rebanho. Também foi usado como cão de guarda, de trenó, de transporte e de companhia
Curiosidades: No Reino Unido e na Austrália é conhecido como Dulux, porque foi usado em propagandas de uma companhia de tintas chamada Dulux. Algo semelhante acontece com os Dachshunds que também são conhecidos como Cofap.
Um dos mais conhecidos Sheepdogs no Brasil é a Priscila, a personagem principal da TV Colosso.
A música Martha My Dear, gravada pelos Beatles no famoso Álbum Branco, era o nome de uma cadela Sheepdog pertencente à Paul McCartney.
Alergias Alimentares em Cães
Este texto pode ser encontrado originalmente no site http://arcadenoe.sapo.pt
Não é uma das alergias mais comuns, mas afeta de igual modo os animais que as têm. Incomodam e são persistentes e não são fáceis de diagnosticar. Os cães com alergias alimentares devem ser sujeitos a uma dieta especial para o resto da vida.
Alergias alimentares não são tão frequentes como a alergias à picada de mosquito ou alergias atópicas. Estima-se que correspondam a menos de 10% das alergias habitualmente observadas em cães.
A alergia alimentar não é uma doença que se apanhe através da comida que o cão ingere. É antes uma resposta do sistema imunitário do cão face a um determinado alimento. Trata-se de uma resposta desajustada do organismo daquele cão que não afecta outros cães com quem partilhe a alimentação ou a casa.
Como pouco ainda se sabe sobre como controlar estas respostas exacerbadas do sistema imunitário, a solução para um cão com alergias alimentares passa por alterar a sua dieta.
Quais são os alérgenos mais comuns???
Os ingredientes que mais provocam alergia nos cães são: a proteína animal, especialmente galinha e carne bovina, o milho, o trigo, os ovos, os derivados do leite e a soja, segundo vários estudos feitos nesta área.
Ao contrário do que muito já se disse sobre os conservantes e os aditivos das rações, estes não têm qualquer papel nas alergias alimentares, embora possam ser responsáveis por outros problemas.
Por se associar erradamente os aditivos e conservantes das rações às alergias alimentares, muitos vezes troca-se a ração por comida caseira. Contudo, esta troca na maioria dos casos não surte efeito. Por um lado, porque, como foi dito antes, não são os aditivos e os conservantes os causadores da alergia. Por outro lado, porque o alérgeno mais comum é a proteína da carne de vaca ou galinha, que são as carnes mais frequentemente preparadas para os cães.
Grupos de risco.
Ao contrário das alergias atópicas, as alergias alimentares não têm grupos de risco e afectam de igual modo os machos e as fêmeas e todas as raças caninas. Contudo, os animais com alergias atópicas geralmente manifestam também alergias alimentares e por isso convém fazer o teste às várias alergias possíveis assim que se descobre que um animal tem um tipo de alergia.
Este tipo de alergia tende a manifestar-se no primeiro ano de vida do cão ou até aos 5/6 anos, mas os primeiros sintomas podem surgir já tarde, quando o cão já é idoso.
Sintomas.
As alergias manifestam-se de forma diferente nos cães e os sintomas de alergias são geralmente comuns aos vários alérgenos. Um cão com alergia geralmente apresenta comichões, infecções nas orelhas e na pele e perda de pêlo. Mas nenhum destes sintomas aponta para um determinado tipo de alergia ou ainda mais especificamente, para um determinado alérgeno.
Para complicar o diagnóstico, estes sintomas não são exclusivos de alergias e podem ser manifestações de outros problemas.
Diagnóstico
Para que haja certeza de que o animal tem alergias alimentares é necessário alterar a dieta e verificar se há diferenças. Durante 8 a 10 semanas, é dada ao cão uma nova dieta com fontes de proteína e hidratos de carbono alternativas. É necessário que o cão nunca tenha comido esse tipo de alimentos e por vezes recorre-se a carne de coelho, peixe ou até de animais mais exóticos, como por exemplo o canguro, mas o veterinário é a pessoa indicada para poder aconselhar alternativas.
O período relativamente extenso durante o qual se deve adoptar a nova dieta justifica-se pelo facto de o corpo do animal necessitar de em média 20 dias para exteriorizar a sua reacção à nova dieta. Isto quer dizer que nas primeiras semanas é normal não haver melhorias significativas e por isso é necessário estender o período de testes a dois meses.
Podem ser feitas também análises sanguíneas, mas o seu resultado não é conclusivo como nos humanos e a única forma de garantir que se trata efectivamente de uma alergia alimentar é alterando a dieta do cão.
Tratamento.
As alergias são respostas do sistema imunitário a um determinado alérgeno e, podendo variar ao longo da vida, na maioria dos casos, é uma resposta que surge sempre que o cão é exposto a esse alérgeno.
Assim, se o cão não mostrar sinais de alergia ao fim de 8/10 semanas, pode-se concluir que o cão efectivamente tem uma alergia alimentar. O cão deve passar a ter uma dieta hipoalergénica, seja continuando com o regime alimentar do teste ou passando para rações deste tipo existentes no mercado.
Se o cão continua a manifestar sintomas de alergia e durante o período de testes não tiver ingerido nada para além da dieta de teste e água, então é provável que o cão tenha uma alergia atópica ou qualquer outra patologia com os mesmos sintomas.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
SP suspende vacinação contra raiva para cães e gatos
Texto extraído do site http://ultimosegundo.ig.com.br , publicado em 18/09/2010.
Saúde investiga reações graves apresentadas por 567 animais após receberem doses antirrábicas; 10 deles morreram.
A Secretaria de Estado da Saúde decidiu recomendar a todos os municípios paulistas que suspendam imediatamente a campanha de vacinação contra raiva animal. Em apenas dois dias, 567 cães e gatos vacinados em São Paulo apresentaram reações, 38% delas consideradas graves, como cansaço extremo, falta de apetite, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias.
Foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade de São Paulo. Em Guarulhos, município da Grande São Paulo, a vacinação animal já foi suspensa e o local é o que concentra a maior parte dos efeitos colaterais creditados às doses (40). A suspensão ocorre, diz a Secretaria, porque o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças da pasta está acima do observado em anos anteriores, podendo, na avaliação dos técnicos, colocar em risco a vida dos animais imunizados.
Ao menos 10 óbitos por choque anafilático são investigados, sendo seis gatos e quatro cães. Das mortes, seis foram registradas na Grande São Paulo e quatro no interior paulista.
Segundo a Secretaria, a maior parte das reações tem sido observada em gatos e nos cães de pequeno porte (em torno de 6,5 quilos de peso). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17.
O Instituto Pasteur irá investigar os óbitos e as reações graves. A Secretaria informou ao Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas aos Estados, sobre os problemas surgidos, e aguarda orientações. O Ministério ainda não informou se fará alguma recomendação nacional.
Saúde investiga reações graves apresentadas por 567 animais após receberem doses antirrábicas; 10 deles morreram.
A Secretaria de Estado da Saúde decidiu recomendar a todos os municípios paulistas que suspendam imediatamente a campanha de vacinação contra raiva animal. Em apenas dois dias, 567 cães e gatos vacinados em São Paulo apresentaram reações, 38% delas consideradas graves, como cansaço extremo, falta de apetite, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias.
Foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade de São Paulo. Em Guarulhos, município da Grande São Paulo, a vacinação animal já foi suspensa e o local é o que concentra a maior parte dos efeitos colaterais creditados às doses (40). A suspensão ocorre, diz a Secretaria, porque o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças da pasta está acima do observado em anos anteriores, podendo, na avaliação dos técnicos, colocar em risco a vida dos animais imunizados.
Ao menos 10 óbitos por choque anafilático são investigados, sendo seis gatos e quatro cães. Das mortes, seis foram registradas na Grande São Paulo e quatro no interior paulista.
Segundo a Secretaria, a maior parte das reações tem sido observada em gatos e nos cães de pequeno porte (em torno de 6,5 quilos de peso). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17.
O Instituto Pasteur irá investigar os óbitos e as reações graves. A Secretaria informou ao Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas aos Estados, sobre os problemas surgidos, e aguarda orientações. O Ministério ainda não informou se fará alguma recomendação nacional.
domingo, 22 de agosto de 2010
Controle de Carrapatos
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Luxação da Patela em Medicina Veterinária
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Dúvidas sobre Vacinas?
Texto muito interessante publicado no Site Webanimal... Cliquem no link e tirem algumas de suas dúvidas em relação as vacinas para cães e gatos.
http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=vacinacao_duvidas.htm
http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=vacinacao_duvidas.htm
sábado, 24 de julho de 2010
Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 11º Post: Weimaraner
Ele conquista admiradores não só pelos olhos de cor âmbar contrastando com a pelagem cinza e por suas formas bem proporcionadas e elegantes.
O Weimaraner encanta também pela forte devoção ao dono. “São cães completamente apaixonados”, resume Ingrid Heins (veja qualificação dos entrevistados no quadro Consultores).
“Os meus se contorcem de tanta alegria e até sorriem ao me ver chegar; só falta falarem de tão comunicativos que são”, exemplifica ela.
Essa forte ligação foi desejada desde a formação da raça no final do século 19, na Alemanha, para trabalhar em dupla com o caçador, mantendo-se próximo a ele.
Apto a atuar em campos, florestas ou na água, fareja a pista de animal de pêlos e a segue com determinação bem como aponta aves ocultas na vegetação, amarra-as (olha fixamente como se fosse atacar, para deixá-las paralisadas diante do perigo iminente) e, ao sinal do caçador, avança para fazê-las levantar vôo.
Também busca a caça abatida, sem medo de mata cerrada, pântano ou água gelada.
Atlético e sempre disposto a agradar ao dono, o Weimaraner é companheiro animado em caminhadas e em esportes em dupla, como o agility.
Essa atividade, aliás, tem tudo a ver com a raça.
Atende à necessidade de atividade e aprimora o entrosamento, resultando em melhor aceitação da liderança do dono.
Há norte-americanos que se reúnem para treinar esse esporte com seus Weimaraners e confraternizar em eventos informais como o Weimaraner Agility Fun Day , conforme mostram essas duas fotos tiradas no sul da Califórnia. É diversão e saúde para humanos e caninos.
“No Brasil, mesmo entre aqueles que conhecem o Weimaraner, poucos sabem do verdadeiro potencial da raça”, observa Regina Penna Rodrigues.
O maior pólo de criação de Weimaraners está nos Estados Unidos. Em 2003, foram registrados 8.763 filhotes no American Kennel Club (AKC), 29ª posição entre 151 raças.
Mais de dois mil criadores e donos de Weimaraners são sócios do Weimaraner Club Of America (WCA – www.weimclubamerica.org), filiado ao AKC.
“Organizamos exposições de beleza, provas de agility, de obediência e outras para avaliar a habilidade para apontar e buscar a caça, em todo o país”, conta Rosemary Carlson, presidente do WCA.
“Em nossa última exposição especializada, que durou cinco dias, cerca de 200 cães participaram”, comenta.
“Temos ainda muitos associados que participam com seus Weimaraners de visitas a pacientes de hospitais e asilos, em programas de pet terapia, aproveitando o bom humor e a sociabilidade da raça”, acrescenta.
No Brasil, o Weimaraner esteve entre as 15 raças mais registradas na Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) na década de 80, quando chegou a mais de mil filhotes por ano. Em 2003, houve registros de filhotes de Weimaraner em 12 Estados brasileiros, na CBKC, num total de 293 exemplares, o que deu à raça a 47ª posição (veja gráficos) .
No mesmo ano, na Alemanha foram registrados 633 Weimaraners (37º lugar).
A pelagem predominante nos Weimaraners é a curta. Desde 1992, o Weimaraner Klub (WK), entidade alemã responsável mundialmente pela raça perante a Federação Cinológica Internacional (FCI), dá ao Weimaraner de pêlo longo tratamento semelhante ao de pêlo curto, tanto no padrão como na logotipia do clube e nas informações prestadas ao público.
“Hoje, a criação do Weimaraner de pêlo longo representa cerca de 30% da criação da raça na Alemanha, sendo ambas as variedades registradas simplesmente como Weimaraner”, conta Gerhard Eiben do WK. O Weimaraner de pêlo curto não deve ser cruzado com o de pêlo longo para não se perder o controle sobre o comprimento dos pêlos dos descendentes.
“Só damos essa autorização em casos especiais, para melhorar linhas de sangue de pêlo longo”, explica Gerhard.
“Nos Estados Unidos, os Weimaraners de pêlo longo bem como os de cor azul podem ser registrados no AKC, mas são desqualificados nas exposições não podendo ser campeões”, informa Rosemary.
A cor cinza do Weimaraner pode ir da tonalidade prata (mais clara e brilhante) e corça (puxando para o bege) até a cinza-rato (quase chumbo).
Pequenas manchas brancas são permitidas no peito e nos dedos.
A tradição secular da cauda cortada é ainda bastante adotada no Brasil. O padrão do AKC exige que o corte seja feito para deixá-la com seis polegadas (15,24 centímetros).
Na Alemanha, o corte da cauda de cães foi proibido por uma lei protecionista de 1998, para os cães que não são usados na caça.
O padrão alemão do Weimaraner, adotado pela FCI e CBKC, exige cauda forte e bem coberta de pêlos.
Nos países onde não há restrição legal ao corte de cauda, a praxe é aceitar igualmente a cauda cortada e a íntegra, como acontece no Brasil.
“O Weimaraner é tão sintonizado no dono que o acompanha até no estado de espírito – fica triste ou quer brincar de acordo com o ânimo da pessoa”, ressalta Regina Penna Rodrigues. “É um cão que adora o contato físico e a interação e que sofre se for tratado com indiferença”, comenta Ingrid Heins.
“Os de casa estão sempre esparramados no meu colo e ‘conversando' comigo.” A raça tende a ter um dono preferido e a estar com ele onde for.
Os 7,6 pontos dados à submissão do Weimaraner vieram juntos com a advertência de que o dono precisa saber se impor.
“Devemos liderar o Weimaraner com firmeza, mostrando a ele como ficamos felizes quando age do jeito que desejamos”, ressalta Ingrid.
“Ele não obedece por obedecer – necessita ter um bom motivo para atender a um comando”.
Fisicamente disposto a enfrentar longas jornadas na natureza, o Weimaraner precisa de exercício.
Quando mantido em ambiente interno, se não sair para correr e brincar, queimará energia com o que tiver ao alcance.
“A começar pela destruição dos nossos chinelos”, brinca Ingrid.
Com disposição para a atividade e vontade de agradar, a raça costuma aceitar bem até crianças agitadas.
Quanto ao convívio com outros animais, o Weimaraner precisa ser ensinado a respeitá-los.
“Caso contrário, um gato correndo ou um pássaro no quintal poderão ser vistos como caça”, alerta Lucas.
O Weimaraner late para dar alerta, é protetor e tem porte sufi ciente para intimidar, apesar de não ser um guardião daqueles que permanecem desconfiados na presença de estranhos. Pelo contrário. “Meus exemplares festejam os desconhecidos com os quais converso”, diz Ingrid.
Deixado sozinho por muito tempo ou em local em que não possa se exercitar o sufi ciente, o Weimaraner tende a latir muito e a desenvolver maus hábitos, como ocorre com muitos outros cães.
FICHA DA RAÇA
Outros nomes: Braco de Weimar e Weimaraner Vorstehhund.
Classificação CBKC/FCI: Grupo 7, Cães Apontadores; seção 1, Cães Apontadores Continentais.
Usos: cão de caça por faro e por aponte e de busca, em terra e água. Usado também para companhia e proteção. É bom parceiro em atividades esportivas.
Porte: altura na cernelha – 59 a 70 cm, ideal: 62 a 67cm (macho); 57 a 65 cm, ideal: 59 a 63cm (fêmea). Peso: 30 a 40 kg (macho) e 25 a 35 kg (fêmea).
Pelagem: de dois tipos. Curta – mais longa e espessa que na maioria das raças de mesmo tipo, muito densa e bem aderente.
Se houver subpelo, é esparso. Longa — macia e lisa ou ligeiramente ondulada.
Ambiente ideal: externo. Em ambiente interno, praticar pelo menos uma hora de exercício físico diário.
Exercício: correr e brincar à vontade.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Méd.Veterinário: Ele precisa estar à disposição para qualquer emergência, dia e noite e tem que ter muito jogo de cintura para lidar com os pacientes.
Texto original publicado no site http://www.g1.com.br em 05/09/2005.
Imagine, por exemplo, um chimpanzé pra lá de genioso ou um leão carente de dar dó. É a profissão de médico veterinário, especializado em socorrer animais silvestres. Um trabalho puxado, mas pode ser uma profissão pra lá de gratificante.
Uma caminhada leve pela manhã. Coisa pouca , porque o médico veterinário não tem muito tempo para o lazer. No máximo, uma paradinha pra brincar com um cachorro e sempre acompanhado de dois celulares e um bip para as emergências. “Sempre com os aparelhos na mão, que não tem como desligar e daqui a gente corre pro consultório”, diz André Maia.
A profissão, diz ele, exige muita dedicação. Depois de cinco anos de curso superior, o estudo deve ser contínuo. “É uma área que sempre está caminhando para a atualização e o inglês é fundamental pra isso.”
André já tem um consultório, onde cuida de animais silvestres, mas também trabalha num zoológico em Niterói, RJ. Com um quati nos ombros, ele dá a dica do que considera mais importe para quem pretende seguir essa carreira. “Tem que ter muito amor e carinho pelos animais. Se alguém está fazendo veterinária ou quer fazer porque acha bonitinho, que os bichos são fofinhos, esquece, porque o cocô é fedorento, o xixi também, requer um sacrifício que, se não gostar, não vai fazer.”
André está cuidando de dois miquinhos recém-nascidos, que ficaram órfãos no Rio de Janeiro. Mamadeira de duas em duas horas. Mesmo de madrugada. “A gente compara muito com pediatra. Os clientes vão desenvolvento loca afetivo com você e se tornam amigos, então ligam de madrugada.”
Nesta profissão também há perigos, Há necessidade de ter muito cuidado, porque alem de cuidar de bichinhos bonitinhos, que toda criança gosta, o médico veterinário também precisa cuidar de animais perigosos: jacaré, leão, cobra.
O chimpanzé brinca, parece inofensivo, mas tem muita força. “Esse chimpanzé quase me arrancou um dedo, um tigre já fez alguns furinhos no meu braço, uma onça já pegou minha perna, porco-espinho já cravou espinhos na minha canela. É uma profissão arriscada. Todo mundo questiona isso, inclusive minha mãe.”
Quanto recebe um médico veterinário? Pra começar, o piso é de seis salários mínimos. Quem trabalha em consultório particular pode ganhar mais de R$ 3 mil. Há vários ramos nessa profissão. “Desde a inspeção sanitária, ou seja, tudo que entra de produto de origem animal cabe ao veterinário a inspeção. Pode trabalhar na área de fiscalização, perícia, área clinica, que se divide em grandes animais, pequenos animais e animais silvestres.”
Para André, o mais difícil é se despedir dos bichinhos quando eles ficam bons. “É a parte chata da profissão. Você se apega ao animal, ele te conhece e você depois tem que devolver ele pra natureza.”
Imagine, por exemplo, um chimpanzé pra lá de genioso ou um leão carente de dar dó. É a profissão de médico veterinário, especializado em socorrer animais silvestres. Um trabalho puxado, mas pode ser uma profissão pra lá de gratificante.
Uma caminhada leve pela manhã. Coisa pouca , porque o médico veterinário não tem muito tempo para o lazer. No máximo, uma paradinha pra brincar com um cachorro e sempre acompanhado de dois celulares e um bip para as emergências. “Sempre com os aparelhos na mão, que não tem como desligar e daqui a gente corre pro consultório”, diz André Maia.
A profissão, diz ele, exige muita dedicação. Depois de cinco anos de curso superior, o estudo deve ser contínuo. “É uma área que sempre está caminhando para a atualização e o inglês é fundamental pra isso.”
André já tem um consultório, onde cuida de animais silvestres, mas também trabalha num zoológico em Niterói, RJ. Com um quati nos ombros, ele dá a dica do que considera mais importe para quem pretende seguir essa carreira. “Tem que ter muito amor e carinho pelos animais. Se alguém está fazendo veterinária ou quer fazer porque acha bonitinho, que os bichos são fofinhos, esquece, porque o cocô é fedorento, o xixi também, requer um sacrifício que, se não gostar, não vai fazer.”
André está cuidando de dois miquinhos recém-nascidos, que ficaram órfãos no Rio de Janeiro. Mamadeira de duas em duas horas. Mesmo de madrugada. “A gente compara muito com pediatra. Os clientes vão desenvolvento loca afetivo com você e se tornam amigos, então ligam de madrugada.”
Nesta profissão também há perigos, Há necessidade de ter muito cuidado, porque alem de cuidar de bichinhos bonitinhos, que toda criança gosta, o médico veterinário também precisa cuidar de animais perigosos: jacaré, leão, cobra.
O chimpanzé brinca, parece inofensivo, mas tem muita força. “Esse chimpanzé quase me arrancou um dedo, um tigre já fez alguns furinhos no meu braço, uma onça já pegou minha perna, porco-espinho já cravou espinhos na minha canela. É uma profissão arriscada. Todo mundo questiona isso, inclusive minha mãe.”
Quanto recebe um médico veterinário? Pra começar, o piso é de seis salários mínimos. Quem trabalha em consultório particular pode ganhar mais de R$ 3 mil. Há vários ramos nessa profissão. “Desde a inspeção sanitária, ou seja, tudo que entra de produto de origem animal cabe ao veterinário a inspeção. Pode trabalhar na área de fiscalização, perícia, área clinica, que se divide em grandes animais, pequenos animais e animais silvestres.”
Para André, o mais difícil é se despedir dos bichinhos quando eles ficam bons. “É a parte chata da profissão. Você se apega ao animal, ele te conhece e você depois tem que devolver ele pra natureza.”
Amor pelos animais não basta para ser um bom veterinário
Texto Original publicado no site http://www.g1.com.br em 14/08/2007.
Segundo profissionais ouvidos pelo G1, o trabalho do veterinário é mais amplo.
São quatro grandes áreas de atuação.
Você sente um amor incondicional por seu animalzinho de estimação e por isso acredita que a profissão mais adequada é ser médico veterinário, certo? Não, errado. E é errado porque só o amor pelos animais não basta para a formação completa de um médico veterinário. Aliás, pode até atrapalhar.
Segundo especialistas, a medicina veterinária é a ciência que trata dos animais, mas vai muito adiante: ela se dedica à prevenção, ao controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além da ciência que promove o controle da qualidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano.
"Gostar de animais é um pré-requisito para a pessoa se tornar um bom profissional, mas não é o único. O médico veterinário tem um leque de atuação muito extenso. E às vezes, quem só gosta de animais, pode sofrer quando se encontrar em uma situação delicada, como uma em que será preciso sacrificar o animal", disse o professor Renato César Sacchetto Tôrres, vice-diretor da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A mesma opinião é compartilhada pelo professor Gilson Hélio Toniollo, coordenador de um dos três cursos de medicina veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp). "É claro que o veterinário tem que gostar de animais, só que o médico veterinário vai muito além disso. Não dá para um adolescente entrar faculdade porque tem um cachorrinho de estimação e por isso acha que vai cuidar de animais. Tive alunos que viram sangue e saíram chorando da sala de aula", afirmou o professor.
QUATRO GRANDES ÁREAS DE ATUAÇÃO
Por exigência do Ministério da Educação (MEC), todos os cursos de medicina veterinária do país - ao todo são 129 cursos, segundo a última divulgação do MEC - promovem uma formação generalista para o aluno, que deve sair da faculdade com o mínimo de conhecimento em todas as áreas que um médico veterinário pode atuar.
Segundo os professores ouvidos pelo G1, as disciplinas são obrigatórias e o percentual de desistência nos cursos de medicina veterinária é quase nulo. São quatro as grandes áreas de atuação:
Medicina e cirurgia: Destinada para os profissionais que querem se dedicar ao atendimento médico e cirúrgico para animais de pequeno e de grande porte. Seria o médico veterinário "tradicional", que atua em clínicas e hospitais.
Inspeção de produtos de origem animal: Área destinada para médicos veterinários que serão responsáveis pela avaliação e inspeção de produtos de origem animal - como leite e seus derivados, carnes, ovos, etc - que serão comercializados para consumo humano. O médico veterinário é o único profissional capacitado para garantir a qualidade e a segurança desses produtos.
Medicina veterinária preventiva: Destinada para os profissionais que vão dedicar os seus estudos à pesquisa e à produção de novas vacinas para erradicação de doenças provocadas pelos animais, como leptospirose, hantavirose etc. É uma das áreas de atuação voltada para a saúde pública.
Produção: Área em que os médicos veterinários vão trabalhar na criação de bovinos para corte, para produção de leite, de aves para corte, suínos, coelhos, ovelhas e caprinos para abate, além da criação de peixes. É uma área muito abrangente que envolve o agronegócio.
O CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Normalmente, o curso de medicina veterinária é dividido da seguinte maneira: disciplinas básicas nos primeiros três semestres do curso e disciplinas profissionalizantes - que podem ou não incluir o estágio supervisionado obrigatório - nos demais meses de estudo.
Nos primeiros anos os alunos terão matérias como bioquímica, biofísica, anatomia, citologia, histologia, farmacologia, parasitologia, São as disciplinas consideradas básicas para o entendimento do curso.
O restante das matérias são mais profissionalizantes, onde o aluno terá contato com disciplinas mais aplicadas, como patologia dos animais, técnicas cirúrgicas de animais de pequeno, médio ou grande porte, aulas de química fisiológica, clínica de caninos e felinos, principais doenças dos animais, disciplinas de corte e produção de leite, entre outras. "O aluno vai ter a noção perfeita, por exemplo, de como é feito o parto de um animal de grande porte", disse o professor Toniollo.
Segundo profissionais ouvidos pelo G1, o trabalho do veterinário é mais amplo.
São quatro grandes áreas de atuação.
Você sente um amor incondicional por seu animalzinho de estimação e por isso acredita que a profissão mais adequada é ser médico veterinário, certo? Não, errado. E é errado porque só o amor pelos animais não basta para a formação completa de um médico veterinário. Aliás, pode até atrapalhar.
Segundo especialistas, a medicina veterinária é a ciência que trata dos animais, mas vai muito adiante: ela se dedica à prevenção, ao controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além da ciência que promove o controle da qualidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano.
"Gostar de animais é um pré-requisito para a pessoa se tornar um bom profissional, mas não é o único. O médico veterinário tem um leque de atuação muito extenso. E às vezes, quem só gosta de animais, pode sofrer quando se encontrar em uma situação delicada, como uma em que será preciso sacrificar o animal", disse o professor Renato César Sacchetto Tôrres, vice-diretor da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A mesma opinião é compartilhada pelo professor Gilson Hélio Toniollo, coordenador de um dos três cursos de medicina veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp). "É claro que o veterinário tem que gostar de animais, só que o médico veterinário vai muito além disso. Não dá para um adolescente entrar faculdade porque tem um cachorrinho de estimação e por isso acha que vai cuidar de animais. Tive alunos que viram sangue e saíram chorando da sala de aula", afirmou o professor.
QUATRO GRANDES ÁREAS DE ATUAÇÃO
Por exigência do Ministério da Educação (MEC), todos os cursos de medicina veterinária do país - ao todo são 129 cursos, segundo a última divulgação do MEC - promovem uma formação generalista para o aluno, que deve sair da faculdade com o mínimo de conhecimento em todas as áreas que um médico veterinário pode atuar.
Segundo os professores ouvidos pelo G1, as disciplinas são obrigatórias e o percentual de desistência nos cursos de medicina veterinária é quase nulo. São quatro as grandes áreas de atuação:
Medicina e cirurgia: Destinada para os profissionais que querem se dedicar ao atendimento médico e cirúrgico para animais de pequeno e de grande porte. Seria o médico veterinário "tradicional", que atua em clínicas e hospitais.
Inspeção de produtos de origem animal: Área destinada para médicos veterinários que serão responsáveis pela avaliação e inspeção de produtos de origem animal - como leite e seus derivados, carnes, ovos, etc - que serão comercializados para consumo humano. O médico veterinário é o único profissional capacitado para garantir a qualidade e a segurança desses produtos.
Medicina veterinária preventiva: Destinada para os profissionais que vão dedicar os seus estudos à pesquisa e à produção de novas vacinas para erradicação de doenças provocadas pelos animais, como leptospirose, hantavirose etc. É uma das áreas de atuação voltada para a saúde pública.
Produção: Área em que os médicos veterinários vão trabalhar na criação de bovinos para corte, para produção de leite, de aves para corte, suínos, coelhos, ovelhas e caprinos para abate, além da criação de peixes. É uma área muito abrangente que envolve o agronegócio.
O CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Normalmente, o curso de medicina veterinária é dividido da seguinte maneira: disciplinas básicas nos primeiros três semestres do curso e disciplinas profissionalizantes - que podem ou não incluir o estágio supervisionado obrigatório - nos demais meses de estudo.
Nos primeiros anos os alunos terão matérias como bioquímica, biofísica, anatomia, citologia, histologia, farmacologia, parasitologia, São as disciplinas consideradas básicas para o entendimento do curso.
O restante das matérias são mais profissionalizantes, onde o aluno terá contato com disciplinas mais aplicadas, como patologia dos animais, técnicas cirúrgicas de animais de pequeno, médio ou grande porte, aulas de química fisiológica, clínica de caninos e felinos, principais doenças dos animais, disciplinas de corte e produção de leite, entre outras. "O aluno vai ter a noção perfeita, por exemplo, de como é feito o parto de um animal de grande porte", disse o professor Toniollo.
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